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Estudo de universidade portuguesa desvenda compostos de cianobactérias com potencial para saúde: já foi publicado no estrangeiro

9 Setembro 2024
Forever Young com Lusa

É um estudo assinado pelos Investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto.

Investigadores do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto desvendaram a estrutura de compostos naturais de cianobactérias com “grande potencial” para a saúde e para remover contaminantes metálicos do ambiente.

O estudo, publicado no Journal of the American Chemical Society, é o desfecho de uma investigação com 30 anos para desvendar a estrutura química de uma série de compostos produzidos por cianobactérias marinhas, afirma hoje, em comunicado, o centro.

Em causa estão as leptochelinas, compostos produzidos por cianobactérias do género Leptothoe, que foram descobertas pela primeira vez em 1994 a partir de cianobactérias recolhidas numa ilha da Indonésia por investigadores da Califórnia.

“Dada a complexidade estrutural destas moléculas e os recursos analíticos disponíveis à época, as suas estruturas químicas permaneceram por elucidar”, destaca o CIIMAR.

Estes compostos foram novamente identificados em 2007 numa estirpe de cianobactéria encontrada no Mar Vermelho por investigadores da College of Pharmacy, nos Estados Unidos da América.

Em 2018 foi a vez dos investigadores do CIIMAR identificarem estes compostos em cianobactérias descobertas numa expedição à ilha de São Vicente, em Cabo Verde.

“As leptochelinas mantiveram a sua estrutura complexa e altamente conservada e inacessível, até agora”, refere.

Segundo o CIIMAR, as três equipas de investigação uniram esforços e, recorrendo a técnicas avançadas de análise estrutural e genómica, conseguiram finalizar a estrutura química destas moléculas.

Além da estrutura molecular, a investigação permitiu também desvendar o “verdadeiro potencial biotecnológico”, confirmando as propriedades citotóxicas destas moléculas, que permitem aplicações médicas no combate ao cancro.

Estas moléculas têm também “propriedades quelantes de metais”, o que permitirá o seu uso na indústria farmacêutica, alimentar e em processos de biorremediação para remover contaminantes metálicos do ambiente.

As moléculas demonstraram uma “notável capacidade” de se ligarem a metais como o cobre, ferro, cobalto e zinco, salienta o centro.