Com o início do ano letivo, o governo português tomou medidas mais imediatas e recomendou às escolas proibir o uso ou entrada de telemóveis nos recintos escolares, com especial incidência no 1º e 2º ciclo, ou seja, para crianças entre os 6 e os 12 anos.
O objetivo é o de dar seguimento e alargar resultados positivos que se fizeram sentir nalgumas escolas que já tomaram estas medidas em anos anteriores.
Ainda que haja posições a favor ou contra esta decisão, e que seja bastante importante abrir o debate na sociedade, a verdade é que mais do que proibir, a solução pode passar por educar os mais novos no uso equilibrado e consciente das tecnologias.
Esta é a posição da SaveFamily, a empresa fornecedora de relógios inteligentes desenvolvidos para crianças a pensar nestas circunstâncias. Para Jorge Álvarez, CEO da empresa “Somos conscientes de que a tecnologia faz parte do nosso dia-a-dia. Se bem que as gerações mais velhas tenham crescido com o desenvolvimento dos equipamentos, os mais novos já nasceram dentro de uma sociedade conectada e em que os telemóveis fazem parte do seu quotidiano. Ao verem os adultos a utilizarem os equipamentos é apenas natural que também o queriam fazer. Ora, os pais e encarregados de educação acabam por introduzir o uso destes equipamentos cada vez mais precocemente, sobretudo em idade escolar, não sob a ideia do uso consciente da tecnologia, mas sim com o objetivo de os manterem em segurança, ao estarem totalmente contactáveis”, afirma o responsável da empresa. “Contudo, sabemos que não apenas a tecnologia pode ter impactos cada vez maiores no desenvolvimento dos mais novos, como traz alguns comportamentos como o bullying, que os pais não conseguem controlar. A chave será sempre ensiná-los a utilizar os equipamentos de forma mais consciente e, assim, garantir a sua segurança”.
Além da pressão social para a introdução e uso de tecnologia, a segurança dos mais novos é uma das principais razões que se dão para uma introdução tão precoce de equipamentos como os telemóveis. Mas a chave passa por ensiná-los a utilizar os equipamentos e acompanhá-los ao longo deste crescimento, supervisionando o que fazem e guiá-los de forma a que se tornem adultos tecnologicamente responsáveis.
Assim, existem alternativas que fazem exatamente isso: introduzem a tecnologia na vida dos mais novos aos poucos e que são adaptadas à sua idade, como são os relógios inteligentes equipados com GPS e ferramentas de comunicação como o WhatsApp.
Os smartwatches para crianças incluem funcionalidades como são chamadas, videochamadas, mensagens, reprodutor de música, câmara, entre outras, cujas funções são controladas pelos pais através dos seus próprios equipamentos. Desta forma não só as crianças estão integradas com os pares em uso de tecnologia, como o fazem de forma faseada e sem que esta invada totalmente o seu quotidiano. O facto destes equipamentos estarem ainda equipados com GPS retira da equação a preocupação com a localização e segurança dos mais novos, uma vez que os pais os poderão encontrar a qualquer momento do dia.
“O debate em torno deste tema é complicado e complexo porque enfrenta as famílias com as escolas: por um lado o uso da tecnologia pode ser benéfico para os mais novos, quando o fazem de forma consciente e adequada, mas por outro não podem tomar totalmente conta do seu dia-a-dia ao ponto de que as crianças não têm a normal liberdade para serem isso mesmo, crianças. Ao mesmo tempo, não podemos nunca esquecer o impacto que os estudos revelam já do desenvolvimento cognitivo e social dos mais novos pelo uso excessivo da tecnologia”, afirma Álvarez.