Os três vencedores tiveram a oportunidade de visitar a Islândia durante 7 dias onde, para além de visitarem a incrível ilha, puderam conhecer vilas piscatórias e aprender todo o processo de pesca e processamento do bacalhau. “Esta experiência única proporcionou-me uma serie de visitas técnicas enriquecedoras a unidades de produção de bacalhau, onde tivemos a oportunidade de conhecer de perto os processos tradicionais e inovadores de tratamento do bacalhau deste produto tão emblemático para ambas as culturas e países. Além da componente técnica, esta viagem permitiu-nos explorar a impressionante beleza natural da Islândia, com visitas culturais a locais de tirar o fôlego a qualquer pessoa, como as paisagens vulcânicas, cascatas, termas, escarpas e paisagem selvagem.” refere Emanuel Faria, professor da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, que acompanhou Marco na viagem.
Desenvolvido em 2015, e promovido pelo CEC – Conselho Exportador Bacalhau da Islândia, o CECBI tem-se tornado cada vez mais conhecido entre os estudantes de cozinha, aumentando anualmente o número de escolas participantes. Desenvolvido em parceria e com o apoio das Escolas de Hotelaria e Turismo do Turismo de Portugal, este projeto tem como objetivo apresentar a qualidade do bacalhau da Islândia. Em 2024, a competição de correu na Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril e contou com a participação de 11 escolas de Hotelaria e Turismo – Porto, Viana do Castelo, Faro, Lamego, Lisboa, Estoril, Portalegre, Caldas da Rainha, Coimbra, Portimão, Setúbal – onde cada concorrente apresentou um prato da sua criação, com o ingrediente principal proveniente da Islândia: o Bacalhau.
Esta foi a terceira edição do concurso em Portugal sendo o júri presidido pela Chef Marlene Vieira, acompanhada por David Estevão, chef de cozinha do restaurante aveirense Bacalhau e Afins (que trabalha exclusivamente com o Bacalhau da Islândia) e Eyjolfur Halldorsson islandês, residente de longa data em Portugal, especialista em validação de qualidade do Bacalhau. Marco Sobral, da Escola de Coimbra, foi o grande vencedor, com um prato único de bacalhau, que apelidou de Mar de Bacalhau e Terra de Vulcões.
Rodeada pelo Atlântico e com muito séculos de tradição, a Islândia é o país onde a arte da pesca está preservada na memória coletiva dos seus habitantes. A pesca, como arte e ofício, é passada de pais para filhos, aprimorando métodos seculares. O Bacalhau foi – desde o início dos tempos – a moeda de troca islandesa, mantendo até hoje o seu estatuto valioso e de iguaria única. A sua qualidade incomparável, faz deste uma das maiores iguarias dos habitantes do sul da Europa e de outros mercados longínquos.
Os pescadores de bacalhau têm apenas um objetivo: garantir o melhor produto possível. O bacalhau é capturado nas águas límpidas que rodeiam a ilha e produzido com cuidado e respeito, tanto pela natureza como pelos consumidores. Porque é preciso uma aldeia inteira para produzir bacalhau salgado de qualidade.