Infeções como essas representam cerca de 13% de todos os casos de cancro no mundo, segundo um novo relatório publicado pela Associação Americana de Pesquisa do Cancro. Saber que infeções podem levar ao cancro significa que os cientistas também têm uma boa ideia de como preveni-las: existem vacinas e medicamentos eficazes para precaver e tratar essas infeções, que podem ser detetadas precocemente através de triagem.
Existem mais de 200 tipos do vírus HPV, incluindo uma dúzia que aumenta significativamente o risco de cancros cervicais, genitais e orais.
A maioria das pessoas infetadas pelo HPV cura-se, mas cerca de 10% das mulheres com infeção cervical por HPV desenvolverão uma infeção persistente de alto risco. Isso pode fazer com que as células se reproduzam rapidamente e inativem proteínas que suprimem tumores, pontua Denise Galloway, diretora científica do Centro Integrado de Pesquisa em Malignidades Associadas a Patógenos, no Centro de Cancro Fred Hutch, em Washington.
A maior parte dos indivíduos sexualmente ativos será infetado pelo papilomavírus humano pelo menos uma vez na vida. O uso de preservativos pode proteger contra a infecção por HPV, embora não completamente. A vacinação oferece a proteção mais forte.
A deteção precoce também é essencial para tratar anomalias celulares causadas pelo HPV antes que se tornem cancro
A hepatite B e C podem ser transmitidas pelo contato com sangue, sémen ou outros fluidos corporais. A hepatite B pode ser comumente transmitida de mãe para filho. Os médicos podem detetar ambas as infeções com exames de sangue.
Existe uma vacina altamente eficaz contra a hepatite B, e recomenda-se vacinar os bebês contra o vírus desde 1991. Adultos de até 60 anos e aqueles de qualquer idade que tenham certos fatores de risco devem ser testados e vacinados, caso ainda não tenham feito.
Não há vacina para hepatite C, mas não partilhar agulhas é a melhor maneira de ajudar a prevenir o risco de infeção.