À medida que a Black Friday se aproxima, psicólogos e especialistas em Saúde Mental alertam para os potenciais impactos negativos do consumismo excessivo no bem-estar psicológico dos consumidores. Este evento anual, conhecido pelas suas ofertas tentadoras, pode desencadear comportamentos compulsivos de compra, especialmente em indivíduos com uma pré-disposição para tal.
Há quem utilize as compras como um refúgio emocional, tentando preencher um vazio interior com bens materiais. É crucial entender que a felicidade momentânea proporcionada por uma compra não resolve problemas emocionais mais profundos.
Comprar itens que não são necessários ou que excedem o orçamento, sentir ansiedade ou culpa após as compras e esconder as mesmas de familiares ou amigos são alguns dos sinais de alerta para o vício em compras, salienta a especialista, alertando para os impactos negativos na Saúde Mental dos consumidores mais impulsivos.
É importante falarmos sobre a comparação social bem como a prova social, geralmente acompanhada de sentimentos de inadequação que levam a este tipo de comportamento. A par disto, existe atualmente uma enorme sobrecarga de anúncios e promoções que nos chegam das redes sociais,
televisões, entre outros, o que pode desencadear um sentimento de urgência especialmente em pessoas predispostas a este comportamento.
Ainda que existam mecanismos que podem ser utilizados para combater esta prática é importante, antes de mais, assumir o problema e entender qual a sua raíz. Estabelecer um orçamento realista, fazer uma lista de itens necessários e questionar a necessidade real de cada compra são comportamentos fundamentais para evitar compras compulsivas.
É importante relembrar que aproveitar a vida não se resume a acumular bens materiais. Muitas vezes experiências simples e momentos de conexão com entes queridos trazem mais satisfação do que compras impulsivas
A terapia pode ser um recurso valioso para quem desenvolveu padrões problemáticos com compras, o caminho é entender porque existe essa dependência de consumo e desenvolver estratégias saudáveis para quebrar esse vício, pois só dessa forma é possível desfrutar, sem culpa, de datas como a Black Friday sem comprometer o bem-estar financeiro, familiar e emocional.