«O cardeal Miguel Ángel Ayuso, prefeito do Dicastério para o Diálogo Inter-religioso, faleceu esta segunda-feira», informou o Vaticano.
O responsável espanhol encontrava-se internado no Hospital Gemelli, de Roma, após uma série de intervenções cirúrgicas, refere a agencia ecclesia.
Numa mensagem de condolências, enviada a David Costa Domingues, vigário-geral dos Missionários Combonianos Francisco elogia o seu serviço à Igreja, realizado “sem se poupar”, como missionário e na Cúria Romana.
“Em todo trabalho apostólico foi sempre animado pelo desejo de testemunhar, com mansidão e sabedoria, o amor de Deus pelo ser humano, trabalhando pela fraternidade entre povos e religiões”, escreve.
O Papa destaca a forma como o falecido cardeal passou “por uma longa doença, suportada com grande fé”, assumindo sentimentos de “carinho e admiração” por alguém que serviu a Igreja com “exemplar dedicação e delicadeza de alma”.
D. Miguel Ángel Ayuso, religioso dos Missionários Combonianos, fez a sua profissão perpétua em 2 de maio de 1980 e foi ordenado sacerdote em 20 de setembro do mesmo ano.
Com experiência missionária no Egito e no Sudão, foi nomeado consultor do então Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso, pelo Papa Bento XVI, assumindo em 2010 as funções de secretário deste organismo.
O Papa Francisco confiou-lhe a presidência do dicastério da Santa Sé para o diálogo inter-religioso em 2019, ano em que o criou cardeal.
O grão-imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, reagiu ao falecimento com uma nota oficial, dirigindo “as suas mais profundas condolências ao Papa Francisco”, evocando o cardeal Ayuso como “distinto modelo de serviço dedicado à humanidade” e reconheceu os “esforços significativos na promoção de relações com os muçulmanos”.