Os especialistas alertam que os filhos de primos em primeiro grau são mais propensos a sofrer uma série de problemas de saúde. Investigadores da universidade de Bradford realizaram um dos maiores estudos médicos sobre o tema.
Entre 2007 e 2010, os cientistas acompanharam 13 mil bebés desde a infância, passando pela adolescência e, agora, no início da idade adulta.
Os pais de mais de uma em cada seis crianças do estudo são primos em primeiro grau, o que faz deste estudo um importante testemunho sobre os impactos para a saúde do casamento entre primos.
Os cientistas concluíram que os filhos de pais que são primos podem sofrer consequências maiores do que se pensava anteriormente, sendo que os riscos mais óbvios para a saúde de filhos de pais com parentesco entre si são os transtornos recessivos, como fibrose cística ou anemia falciforme.
Quando os pais são primos, a probabilidade de que ambos sejam portadores aumenta. Filhos de primos em primeiro grau possuem 6% de possibilidade de herdar um transtorno recessivo, em comparação com 3% entre a população em geral.
Os responsáveis pelo estudo de Bradford não observaram apenas se uma criança havia sido diagnosticada com um transtorno recessivo específico. Eles estudaram dezenas de dados, observando tudo – desde o desenvolvimento da fala e da linguagem das crianças até a quantidade de consultas médicas e o desempenho escolar.
Os cientistas concluíram que, mesmo eliminando fatores como a pobreza, os filhos de primos em primeiro grau apresentaram 11% de probabilidade de serem diagnosticados com problemas de fala e linguagem, contra 7% de crianças cujos pais não têm parentesco entre si.