Cientistas da Universidade de Montana, nos Estados Unidos, analisaram estudos realizados nos últimos 50 anos e encontraram evidências de que dormir mal afeta o funcionamento emocional, trazendo consequências sérias para a saúde mental a longo prazo.
De acordo com a análise, a falta de sono reduz emoções positivas, como a alegria, e intensifica sintomas de ansiedade. Além disso, os efeitos negativos acontecem mesmo com pequenas reduções no tempo de descanso, como dormir uma ou duas horas a menos do que o habitual. O estudo, que foi publicado pelo American Psychological Association e analisou 154 artigos de 28 países.
Os avanços tecnológicos e a procura constante pela produtividade têm levado as pessoas a adotarem um estilo de vida cada vez mais agitado e conectado, dificultando o relaxamento e comprometendo a qualidade do sono. Como resultado, queixas sobre insónia e sono insuficiente tornaram-se mais frequentes. Um reflexo disso é o crescimento na prescrição e comercialização de suplementos que ajudam na indução e manutenção do sono.
A melatonina é um dos suplementos mais populares nesse contexto. Esta é uma hormona naturalmente produzida pelo organismo e tem a função de sinalizar o corpo de que é hora de dormir.
Ao anoitecer, a sua produção aumenta, induzindo o sono e auxiliando na sua manutenção. O suplemento de melatonina não age como os medicamentos para insónia, mas ajuda a adormecer mais facilmente e a evitar despertares precoces.