O hábito da sesta pelo mundo
A sesta é uma tradição em países mediterrânicos, como Portugal, Espanha e Itália. Durante décadas foi vista como um luxo ou até um sinal de preguiça, mas hoje a ciência está a reabilitar esta prática. Estudos indicam que dormir um pouco após o almoço pode melhorar a memória, a atenção e até a saúde cardiovascular.
O ideal: sestas curtas
A maioria dos especialistas recomenda sestas de 10 a 30 minutos. Este intervalo é suficiente para recuperar energia sem entrar em sono profundo, evitando a chamada “inércia do sono” — aquela sensação de atordoamento ao acordar. A NASA realizou estudos que mostram que pilotos e astronautas que faziam sestas curtas melhoravam o desempenho em 34% e a vigilância em 54%.
E as sestas longas?
Sestas com mais de uma hora podem ser problemáticas. Investigadores da Sociedade Europeia de Cardiologia verificaram que dormir mais de 60 minutos durante o dia está associado a um maior risco de doenças cardiovasculares e mortalidade precoce, sobretudo em adultos mais velhos. No entanto, estas associações dependem do contexto: quem dorme mal à noite pode beneficiar de sestas mais longas, como forma de compensação.
Sestas e envelhecimento saudável
Depois dos 50 anos, muitas pessoas enfrentam alterações no sono noturno. A sesta pode ser um aliado, mas deve ser adaptada à rotina de cada um. Estudos em idosos revelam que uma pequena sesta pode melhorar a função cognitiva e reduzir o risco de demência.
Dicas práticas
- Durma entre 15 e 30 minutos.
- Faça a sesta no início da tarde (13h-15h), evitando interferir no sono noturno.
- Procure um ambiente calmo e escuro para maximizar os benefícios.
- Evite o café ou bebidas energéticas antes da sesta.
Conclusão
A ciência confirma: as sestas curtas são as mais benéficas, sobretudo para quem procura energia e clareza mental. Já as longas devem ser reservadas a situações de privação de sono. Incorporar pequenas sestas no dia-a-dia pode ser uma estratégia simples para envelhecer com mais saúde e vitalidade.










