Uma análise da Universidade de Oxford, baseada no número de utilizadores do Facebook em 2018 vaticina que pelo menos 1.4 mil milhões dos seus membros vão morrer antes de 2100. Contudo, se a rede social com o maior número de contas continuar a crescer ao ritmo atual, o número de utilizadores falecidos pode chegar aos 4.9 mil milhões antes do fim do século.
O doutorando e um dos coautores do estudo, Carl Öhman, é da opinião que «estas estatísticas dão origem a novas e difíceis questões sobre quem tem direito a todos esses dados, como devem ser administrados no melhor interesse das famílias e dos amigos do falecido». Além de que podem determinar qual deve ser «a sua utilização pelos futuros historiadores para entender o passado», acrescenta.
Agora, começamos a debatermo-nos com este tema, até porque não começou há muito tempo a era das redes sociais – o facebook teve a sua fundação no ano de 2004 -, em que as informações das pessoas continuam “vivas” depois da sua morte e «no futuro fazem parte da nossa herança digital».
David Watson, também doutorando e coautor deste estudo, explicou esse novo conceito por «nunca antes na história existiu um arquivo tão vasto de comportamento e cultura humanos num só lugar». Por isso, defendeu que é importante «garantir que o acesso a esses dados históricos não seja limitado a uma única empresa com fins lucrativos», além de que com a nossa herança digital se pode legar às «futuras gerações a hipótese de entender a sua história».
Estas previsões baseiam-se em dados das Nações Unidas, que fornecem o número esperado de mortalidades e populações totais para todos os países do mundo distribuídos por idade e dados do Facebook, extraídos do recurso Audience Insights da empresa.