Este estudo, com uma abordagem nova no nosso país, visa avaliar o impacto dos hábitos de consumo de sal na saúde dos portugueses. Procura, também, traçar as melhores estratégias de intervenção para o reduzir – sem retirar o sabor dos alimentos – e promover estilos de vida mais saudáveis. A investigação está integrada no programa “Menos Sal Portugal”.
Após visitas de avaliação inicial e de recrutamento, que apuraram se os candidatos cumpriam os critérios de inclusão para integrarem o estudo científico, 231 participantes já realizaram a primeira visita de intervenção. O protocolo do estudo implica a realização de medições e análises clínicas que permitem avaliar a evolução do impacto na saúde da redução do consumo de sal. Adicionalmente, foram transmitidos, em consulta, conteúdos de hábitos de vida saudáveis, para os candidatos poderem aplicar no seu dia a dia.
Para os investigadores, a primeira visita de intervenção foi uma possibilidade de fazer a caracterização da amostra. A investigadora responsável pela coordenação deste estudo, Conceição Calhau, particularizou que os participantes neste estudo «são maioritariamente do sexo feminino; as idades variam entre os 21 e os 70 anos de idade – a média de idades é de 44 anos – e a maioria tem excesso de peso ou obesidade».
A conclusão do estudo está prevista para finais de setembro. Os investigadores esperam encontrar melhorias na saúde dos participantes e promover medidas que visem a redução do consumo excessivo de sal. Além de, pretenderem instalar novos comportamentos, benéficos para a saúde, nos voluntários e respetivo agregado familiar. Posteriormente, o objetivo é fazer chegar essa mudança de comportamentos a toda a população.
A coordenação deste estudo de intervenção está ainda a cargo do professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, Jorge Polónia, que é ainda membro da Direção da Sociedade Europeia da Hipertensão.
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