Em primeiro lugar, as pessoas com condições de saúde crónicas, como doenças cardiorrespiratórias, doenças renais, tensão alta, diabetes, doenças mentais, e demência precisam de ser extra vigilantes quando o mercúrio aumenta, avança a euronews.
Crianças muito pequenas, mulheres grávidas e pessoas que fazem trabalho físico no exterior estão também em risco.
«Outro fator é que o nosso corpo se aclimatiza ao calor durante o verão, pelo que uma onda de calor no final da primavera é mais difícil de gerir do que uma onda de calor em meados de agosto», refere.
Finalmente, deverá ter em conta a sua origem. Alguém que cresceu em Roma, ou Atenas, está mais bem adaptado para lidar com temperaturas acima dos 30 graus do que alguém de Dublin, ou de Helsínquia.
Portanto, tudo é relativo, pois conforme explica a especialista em calor e saúde Francesca de’Donato, “é difícil identificar uma temperatura em que se possa dizer que está demasiado quente, ou a que devemos emitir um alerta. Não é universal, não há uma definição universal de onda de calor. Não há um nível universal de temperatura que represente mais risco para toda a Europa, ou para todo o mundo”.
«Onde há consenso universal é na ideia de que a humidade é um problema crescente».
«À medida que a atmosfera aquece, pode conter mais vapor de água. E quando a humidade e as temperaturas sobem até um certo nível, a capacidade de o corpo arrefecer através do suor simplesmente deixa de funcionar».
Por vezes, alguns lugares no Golfo Pérsico, Paquistão, México, e sudeste asiático passam este limiar.
Por exemplo, se estiverem 38 graus Celsius com 75% de humidade relativa, estará quente o suficiente para poder ser fatal para algumas pessoas.
De acordo com os cientistas, até três mil milhões de pessoas podem vir a viver neste tipo de condições dentro de 50 anos.