Em plena semana de regresso às aulas muitas famílias deparam-se com o dilema de conciliar a vida pessoal com a profissional e o cuidado das suas crianças.
Com o objetivo de fazer coincidir os horários laborais com os do início das aulas, muitos pais deparam-se com a dificuldade de decidir se levam as crianças mais cedo para a escola ou se os deixam deslocar-se sozinhos de forma a entrarem mais cedo no local de trabalho e, ao fim do dia, sair mais cedo. Esta questão é ainda mais complicada nos grandes centros urbanos.
Se a escola for próximo de casa, ou as crianças possam ser acompanhadas pelos colegas ou outros adultos, a solução parece mais próxima, mas a dúvida dos pais permanece: terão os meus filhos idade para ir sozinhos para a escola, e chegarão em segurança?
Legalmente não existe uma idade que determina a idade a partir da qual as crianças podem circular sozinhas nas ruas e nos transportes, ainda que exista a determinação legal de que os menores idade devem sempre ir acompanhados de um adulto. Alguns peritos consideram que aos 11 ou 12 anos é uma boa idade para começar a dar alguma responsabilidade aos pequenos, até porque é uma idade que corresponde a uma transição de ciclo de estudos e, em muitos casos, de escola – ainda que tudo depende da maturidade e desenvolvimento da criança.
Para além da personalidade da criança, haverá que ter em conta outros fatores com a distância e segurança do trajeto casa-escola, o tipo de meio urbano em que residem, assim como outras responsabilidades que já tenham sido dadas à criança anteriormente e que ajudem a reforçar a sua autonomia.
Para reforçar a segurança, uma opção surge da SaveFamily, empresa que comercializa relógios infantis com GPS, que na voz do seu CEO, Jorge Álvarez, ao afirmar que for a idade escolhida, há algumas recomendações que os progenitores podem seguir para tornar este período de transição mais fácil, como falar com a criança e explicar que vai ter uma nova responsabilidade, torna-la parte integrante da decisão e reforçar a sua importância; praticar com eles o percurso nos dias anteriores; acompanhá-los nos primeiros dias; deixar que sejam eles a tomar as decisões do trajeto para que, pouco a pouco, tenham mais confiança, eliminando algumas inseguranças ou medos que possam ter».