A diabetes é uma condição crónica que afeta a maneira como o corpo humano converte alimentos em energia e, sem tratamento adequado, aumenta muito o risco de muitos problemas cardíacos. Para controlá-lo, é preciso picar o dedo diariamente para medir o seu nível de glicose no sangue. Um processo desgastante que agora conta com alternativas menos agressivas.
Investigadores da Universidade de Tóquio, no Japão, desenvolveram uma nova tecnologia vestível que pode detetar o risco de diabetes mais cedo e com mais precisão do que os exames de sangue usados para monitorizar os níveis de açúcar no sangue. Uma invenção que elimina a necessidade de auto injeção e demonstra que as flutuações naturais da glicose, registadas por dispositivos portáteis, podem fornecer aos médicos todas as informações necessárias para avaliar o risco de sofrer desta doença crónica; como referem no estudo publicado na revista científica Communications Medicine.
A abordagem baseia-se em na monotorização contínua da glicose (MCG) que, combinado com um algoritmo avançado, pode identificar e melhorar a deteção precoce e a avaliação de risco de diabetes com mais precisão do que os exames de sangue tradicionais e sem depender de outros procedimentos mais caros ou complexos; tornando-se numa alternativa mais simples e não invasiva às injeções dolorosas. “Os testes tradicionais, embora úteis, não capturam a natureza dinâmica da regulação da glicose em condições fisiológicas”, disse Shinya Kuroda, professor da Escola de Pós-Graduação em Ciências da Universidade de Tóquio e coautor do estudo, em comunicado.
Um dispositivo portátil, do qual ainda não foram divulgadas imagens e cujo design é desconhecido, que os pesquisadores desenvolveram com o objetivo de criar um método baseado na moneterização contínuo da glicose, sem procedimentos invasivos, que fosse capaz de estimar a capacidade do corpo do usuário de regular a glicose para controlar os níveis de açúcar no sangue .