A Agência Nacional de Segurança do Medicamento (ANSM) vai introduzir códigos QR e códigos de barras nas embalagens de determinados fármacos, permitindo o acesso a informações digitais detalhadas e atualizadas.
Este projeto piloto contempla dois ambientes distintos: o hospitalar, onde a eliminação da tradicional folha de instruções em papel será efetiva para cerca de 468 medicamentos a partir de junho de 2025, e o ambiente de farmácia, onde a mudança será gradual, com a introdução dos códigos QR sem, para já, eliminar a versão em papel.
A digitalização das instruções tem como objetivo principal facilitar o acesso a informações mais completas, que incluirão, para além do texto, conteúdos multimédia, como vídeos explicativos sobre o uso correto dos medicamentos. Esta modernização visa também reduzir o desperdício de papel, contribuindo para a sustentabilidade ambiental.
Para além da comodidade e inovação, esta medida poderá ainda facilitar a circulação e redistribuição dos medicamentos entre os países da União Europeia, promovendo uma maior disponibilidade dos mesmos.
Apesar da aposta na digitalização, a legislação assegura que a versão em papel continuará disponível, mediante pedido e sem custos adicionais, garantindo que todos os utilizadores possam aceder à informação da forma que lhes for mais conveniente.
Esta iniciativa representa um passo importante para a modernização do setor da saúde, alinhando-se com as necessidades de uma população cada vez mais digital e preocupada com a sustentabilidade, ao mesmo tempo que assegura o rigor e a segurança na comunicação de informação fundamental sobre os medicamentos.