Afinal, com que idade somos mais infelizes?

Um novo estudo procurou perceber com que idade as pessoas parecem lidar com maiores dificuldades. Os resultados são algo animadores para quem já passou os 50.

Uma coisa é certa: ninguém se sente constantemente feliz durante uma vida inteira. A insatisfação e a tristeza são experiências comuns. Mas pode a nossa idade influenciar a forma como nos sentimos?

Tendemos a acreditar que as crianças são mais felizes que os adultos. A juventude é habitualmente associada a tempos mais divertidos e descontraídos. No entanto a adolescência pode-se revelar uma fase complicada, assim como a entrada na idade adulta. Os jovens adultos, entre os 20 e 30 anos, parecem sentir grandes dificuldades no começo das suas vidas profissionais. Parece ser cada vez mais frequente existirem jovens a enfrentar crises existenciais. E claro, temos a clássica “crise da meia-idade” que parece sobretudo enfrentar os homens a partir dos 40 anos.

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Um novo estudo, publicado no Journal of Economic Behavior & Organization, procurou investigar este tema de uma forma mais aprofundada, procurando perceber se existe de facto uma correlação entre a idade e o sentimento de felicidade.

Para tal os investigadores analisaram dados de mais de 14 milhões de participantes, originários de cerca de 40 países diferentes. Todos tiveram que responder a questões relacionadas com a sua infelicidade. Foram analisadas em particular 4 categorias: Saúde Mental; Interações sociais e sentimentos; Bem-estar físico; e condições/ambiente do país em que reside.

As conclusões foram claras, tal como reporta o portal Psychology Today.

Tanto na Europa como nos EUA a infelicidade atingiu o seu pico durante os 40 e muitos anos, mais especificamente aos 49 anos. A “curva da felicidade” parece seguir um rumo ascendente desde a infância, aumentando progressivamente até aos 50. A partir desse momento a infelicidade parece diminuir, apresentado os adultos mais envelhecidos um melhor bem-estar.

Estes resultados parecem confirmar a ideia da existência de uma crise da meia-idade como um fenómeno real e generalizado.

Mas, e como explicar a diminuição da infelicidade a partir dos 50? O autor do estudo aponta para três diferentes justificações. Primeiro, a partir dessa idade as pessoas tendem a desistir de procurar cumprir certos objetivos e sonhos irrealistas, conformando-se com objetivos mais atingíveis. Segundo, as pessoas menos infelizes vivem mais tempo pelo que existe um incentivo em procurar o melhor da vida. Terceiro, o facto de a partir dos 50 se perceber o quão rápido a vida pode desaparecer faz com que se aprecie mais o dia-a-dia, sentindo uma forte gratidão por ainda permanecerem vivos.

 

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