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Aplicações de saúde e fitness: os riscos escondidos que poucos conhecem

Fitbit, Samsung Health, Garmin ou ShutEye: todas estas aplicações recolhem dados relativos à saúde dos seus utilizadores, mas, ao contrário do que acontece nos centros de saúde ou hospitais, estes dados não estão protegidos por lei.

20 Março 2024
Forever Young

Fitbit, Samsung Health, Garmin ou ShutEye: todas estas aplicações recolhem dados relativos à saúde dos seus utilizadores, mas, ao contrário do que acontece nos centros de saúde ou hospitais, estes dados não estão protegidos por lei. As aplicações de saúde e fitness são concebidas para melhorar o bem-estar dos utilizadores, mas será que não os expõem a riscos desnecessários?

As aplicações de saúde e fitness têm acesso a informações particularmente sensíveis: algumas medem o batimento cardíaco dos utilizadores, outras registam os seus padrões de sono, e a maioria recolhe dados biométricos. Contudo, ao contrário de outras informações sensíveis (como as senhas de acesso a contas bancárias), estes dados não podem alterados ou cancelados. Em caso de ataque, ninguém pode “anular” as suas informações biométricas ou ritmo cardíaco.

Assim, o que pode ser feito? Será que a resposta passa por deixar de utilizar aplicações de saúde e fitness ou haverá dicas que ajudam os utilizadores a desfrutar delas sem comprometer a sua segurança?

Dicas de segurança para aplicações de saúde e fitness

Antes de vermos mais detalhadamente os riscos de segurança associados às aplicações de saúde e fitness, é importante perceber como podemos proteger-nos ao utilizar este tipo de tecnologia. As seguintes dicas de segurança podem ser uma boa ajuda:

Utilizar uma VPN

Uma VPN é uma ferramenta de cibersegurança com inúmeras aplicações, mas há muitas pessoas que ainda não sabem o que é uma VPN. Se é o seu caso, só precisa de saber que uma VPN lhe permite ocultar os seus dados sensíveis e endereço de IP, protegendo-os do olhar inquisidor de hackers e burlões online.

Ao estabelecer uma ligação privada entre os dispositivos dos utilizadores e a internet, uma VPN oferece uma camada extra de segurança para todas as atividades online. Instalar uma VPN pode, por isso, minimizar os riscos das aplicações de saúde e fitness.

Criar palavras-passe fortes

As palavras-passe fortes são uma faca de dois gumes: por um lado, são muito mais seguras; por outro, podem ser difíceis de gerir. É certamente mais fácil utilizar a mesma palavra-passe para todos os serviços, mas fazê-lo pode ser altamente irresponsável do ponto de vista da cibersegurança.

A resposta passa por instalar um software de gestão de palavras-passe ou por aderir a meios de autenticação mais seguros, como a autenticação multifator. Este tipo de autenticação acrescenta uma segunda camada  de proteção ao combinar o uso de uma palavra-passe com outros mecanismos de identificação, como um código enviado por SMS ou impressão digital.

Usar sempre a mesma aplicação

Se a sua aplicação favorita de saúde e fitness não lhe enche as medidas, o melhor a fazer pode ser… Dar-lhe outra oportunidade! Cada nova aplicação instalada representa um risco agravado para a segurança e privacidade dos seus dados, pelo que é importante que escolha a aplicação certa desde o início.

Antes de instalar uma aplicação deste género no seu dispositivo, leia críticas de utilizadores, investigue a política de privacidade da aplicação e pesquise notícias relativamente ao seu desempenho de segurança. Quanto menos aplicações de saúde e fitness tiver, menores serão os riscos que corre.

Aplicações de saúde e fitness: quais os principais riscos?

Infelizmente, as aplicações de saúde e fitness não recolhem apenas dados médicos. A aplicação Strava, por exemplo, foi considerada um risco para a segurança mundial em 2018. Poucos anos depois, em 2023, a Strava foi notícia por expor a localização dos seus utilizadores, mesmo quando estes utilizavam uma funcionalidade para ocultar a sua localização.

O caso da Strava é um exemplo clássico de como as aplicações de saúde e fitness, mesmo as mais conceituadas, podem representar um grave risco de segurança geral. Com a metainformação de localização disponibilizada pela app, os hackers têm a possibilidade de triangular dados geográficos para descobrir as moradas, o local de trabalho ou as rotinas diárias dos utilizadores. Estes dados podem posteriormente ser utilizados para fins criminosos.

Um estudo da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, chegou a conclusões ainda mais preocupantes: muitas aplicações de saúde e fitness vendem dados relativos à saúde mental dos seus utilizadores a empresas privadas. Estes dados são frequentemente associados a pessoas que sofrem de condições extremamente sensíveis, desde depressões e ansiedade até perturbações do foro bipolar. O pior é que algumas aplicações vendem pacotes de dados a preço de saldo — segundo a Universidade de Duke, os dados de 5000 contas podem custar menos de 300 dólares!

Face a estes riscos, a resposta passa por utilizar aplicações de saúde e fitness em conjugação com ferramentas de segurança como uma VPN ou um gestor de palavras-passe. Esteja ciente dos riscos e invista na proteção.

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