O pequeno Audi A1 evoluiu para a sua segunda geração e conta agora com um visual bem mais agressivo que o do seu antecessor. Além disso, por se tratar da versão S-line, este mesmo visual fica ainda mais composto, graças a para-choques mais desportivos e a um aileron traseiro. Em alguns detalhes e traços chegamos mesmo a identificar parecenças com o superdesportivo R8 e a nova designação 30 TFSI até nos deixa a pensar que debaixo do capot se esconde algo ainda mais poderoso do que acontece na realidade.
Na verdade, a versão 30 TFSI inclui a motorização de apenas três cilindros em linha, com 116 cavalos de potência, mas como se encontra aliado a uma caixa de velocidades manual de seis relações, bem escalonada, a sua utilização em ritmos de autoestrada deixa-nos a entender que não se trata da opção mais compacta da gama em termos de motorização. O pequeno motor de apenas um litro parece bem maior do que é na realidade e os seus 200Nm de binário e 116 cavalos de potência até nos deixam a pensar se esses valores são mesmo reais, ou se xistem mais uns pozinhos escondidos algures por ali, tal é o seu desempenho. Além disso, outra das vantagens deste bloco está no facto de não ser nada guloso em termos de consumos, fazendo com que a gasolina existente no depósito teime em durar mais do que o esperado.
Por incluir o pacote de equipamento S-Line com suspensão desportiva e jantes mais generosas em termos de tamanho, o pequeno Audi A1 oferece ainda uma dinâmica bastante composta e precisa, mesmo quando exigimos um pouco mais do chassis em traçados mais sinuosos, tendo-se revelado uma boa surpresa, tal como o pequeno motor TFSI. O som mais desportivo que chega ao habitáculo é produzido artificialmente, mas não se tenta impor à medida que vamos apreciando uma das nossas estradas preferidas. Claro que também não se trata de um V8 biturbo com um sistema de escape melhorado, mas é o suficiente para nos soar melhor que o simples ruído do tricilíndrico.
A bordo do Audi A1 também se encontram alguns detalhes exclusivos da versão S-Line, tal como os frisos das soleiras das portas e outros pormenores de cariz mais desportivo. Mas o que notamos mais neste novo A1 Sportback é que há bem mais espaço disponível a bordo, especialmente nos lugares traseiros. A posição de condução é muito boa e o ambiente tecnológico que sentimos a bordo, conta com elementos que não ficam muito afastados dos que já conhecemos de gamas superiores. No ecrã presente na consola central, o grafismo é idêntico ao do A6 e do A8, ainda que o comando tátil seja mais simples. Ainda assim, está preparado para receber as mais variadas ligações ao smartphone, incluindo as funções Apple CarPlay e Android Auto que nos permite usar o sistema de navegação que temos no nosso telefone, enquanto o carregamos. Outro dos detalhes que mais gostamos de ver a bordo de um Audi é o novo painel de instrumentos totalmente digital, ainda que este seja apenas uma opção no novo Audi A1.
O valor base do Audi A1 Sportback com a motorização 30 TFSI de 116 cavalos fica situado abaixo dos 25 mil euros, mas depois, com a adição do nível de equipamento S Line, umas jantes de dimensão mais generosa e compatível com o resto do conjunto e com o original e apelativo tom Azul Turbo presente na carroçaria da unidade ensaiada, este valor já passa para cima da fasquia dos 30 mil euros. É o preço a pagar pela personalização do Audi A1, que o deixa com um visual muito mais interessante, mas também com diversos elementos que não só melhoram o conforto, como a sua eficácia dinâmica.