Amanita caesarea, popularmente conhecida como ‘ovo do rei’, é uma joia gastronómica desde a época romana. Este cogumelo, de cor laranja vibrante e sabor delicado, é um dos ingredientes mais cobiçados da alta gastronomia, atingindo preços de 150 euros o quilo.
Desde a época de César Augusto, que considerava o cogumelo um alimento adequado aos imperadores, conquistou o fascínio de gerações. Na Roma antiga era reverenciada como “ambrosia”, a iguaria dos deuses, o que pode ajudar a compreender a sua exclusividade, tanto no sabor como na aparência.
O Amanita caesarea distingue-se pelo gorro carnudo de 7 a 26 cm, de marcante cor laranja. As suas lâminas e caule amarelos brilhantes contrastam com a volva branca que envolve o gorro nos seus estágios iniciais, lembrando um ovo. Esta característica diferencia-o de outras espécies, principalmente do Amanita muscaria, e reduz a possibilidade de confusão com cogumelos tóxicos.
O seu sabor suave e textura macia permitem que seja apreciado mesmo cru, em preparações como o carpaccio. A sua carne, densa e de cor dourada, é ideal tanto em pratos simples como em criações gourmet. Além do valor culinário, o Amanita caesarea cativa pela cor e estrutura. Para quem procura cogumelos, encontrar um exemplar é uma recompensa tanto pela sua raridade como pela sua beleza.
O seu elevado preço e a procura na alta gastronomia colocam-no entre os cogumelos mais apreciados da temporada. Para os amantes de sabores excecionais e de tesouros naturais, é coroado como um das protagonistas do outono na Península Ibérica.