Essa gordura visceral ou abdominal não só é deselegante, como não é saudável e é mais difícil de perder.
A distribuição do peso, principalmente gordura, muda quando se chega à menopausa e que esse aumento de peso não é apenas uma questão estética, mas é, sobretudo, um problema de saúde, porque aumenta o risco de síndrome metabólica, diabetes tipo 2, doenças cardíacas e colesterol alto. No entanto, é possível tomar medidas para reverter essa tendência ou até mesmo evitar o aumento de peso na menopausa, alcançando um peso saudável por meio de mudanças no estilo de vida e é esta a mensagem que tento sempre passar às minhas pacientes. É possível passar por esta transformação de forma saudável e sem perder a autoestima.
Estas são algumas das recomendações da PronoKal
Fazer uma dieta baixa em carboidratos: Este estilo de alimentação pode ajudá-la a manter os seus níveis de insulina baixos e melhorar o funcionamento do seu metabolismo. Esta dieta consiste em diminuir ou evitar o consumo de alimentos ricos em carboidratos refinados, como açúcar, pão branco, massas, cereais processados, doces e alimentos processados.
Coma bastante proteína: Durante a menopausa, o músculo começa a diminuir, portanto, é necessário aumentar o consumo de proteína em relação ao que era consumido antes. Desta forma, não só contraria esta perda, como também favorece a eliminação da gordura.
Consuma alimentos ricos em fitoestrógenos: O consumo deste tipo de alimento pode ajudar a lidar com as mudanças nos níveis de estrogénio que ocorrem e que, em parte, estão relacionadas com o acumular de gordura, além de melhorar sintomas, como por exemplo, as ondas de calor. Estes incluem alimentos ricos em fibras (lignanas), como sementes de linhaça, de abóbora, grãos integrais, especialmente farelo e algumas frutas, como bagas. O alimento estrela dos fitoestrógenos é a linhaça e uma boa opção para inclui-la na dieta é distribuí-la nas refeições, misturando-a com condimentos ou molhos, iogurtes e sumos de frutas.
Aposte em pesos ou elásticos: O treino de força promove a perda de gordura ao mesmo tempo que previne a perda de massa muscular. Além disso, ajuda a reduzir o stress e aumenta a qualidade de vida física, mental e emocional. Apenas 15 minutos por dia podem fazer a diferença.
Relaxar: Gerir o stress com técnicas de relaxamento também pode ser uma excelente ajuda, pois, além de aumentar o risco de doenças cardíacas, o stress pode causar flutuações no cortisol, hormona do stress, que está associada ao aumento da gordura abdominal.
Para evitar isso, recomendam-se atividades como meditação e ioga, que promovem não só a saúde física, mas também a saúde mental. Além disso, podem ser eficazes na melhoria de outros sintomas, como alterações de humor e irritabilidade.
DHA: Um dos principais ácidos gordos, o ómega 3, é muito importante porque ajuda a resolver a lipoinflamação do tecido adiposo, evitando assim a recuperação do peso. Pode ajudar a atenuar os efeitos da menopausa, como a perda óssea, contribuindo para a redução do colesterol LDL “mau” e aumentando o colesterol LDL “bom”. Como na realidade existem poucos alimentos que contém DHA, recomenda-se a sua ingestão em forma de suplemento, desde que aconselhado pelo médico assistente.
A verdade é que não é um momento fácil e cada mulher é diferente. Às vezes seguir orientações genéricas não é suficiente e o ideal é mesmo procurar ajuda de um profissional de saúde.
Assim como o corpo muda, os hábitos alimentares também mudam e nesse processo o papel do nutricionista é ajudar nessa reeducação alimentar adaptada a essa fase da vida.
Nem todas as dietas são eficazes para as mulheres na menopausa, isso porque a maioria delas emagrece às custas da perda da massa muscular, o que não é saudável e compromete a sua massa óssea, expondo-as a possíveis fraturas.