Como o iogurte pode reduzir o risco de cancro

Estudo conclui que comer iogurte pode reduzir o risco de sofrer de cancro colorretal, doença que afeta o intestino grosso.

Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode sofrer de cancro colorretal. Segundo a página online da Saúde CUF, este tipo de cancro «é o 3º cancro mais comum a seguir ao cancro da mama e da próstata, com uma taxa de incidência acima dos 30 casos por 100 mil habitantes em Portugal, afetando mais os homens do que as mulheres». Agora, de acordo com as conclusões de um estudo norte-americano, sabe-se que comer iogurte pode mitigar os riscos nos homens.

As principais descobertas surgem como resultado do acompanhamento de mais de 32 mil homens durante 25 anos. Os investigadores descobriram que aqueles que consumiram pelo menos duas porções de iogurte por semana tiveram um crescimento 19 por cento inferior do adenoma. Esses crescimentos anormais, geralmente, precedem o desenvolvimento do cancro colorretal.

Segundo o estudo, os homens que tiveram duas ou mais porções de 245 gramas por semana foram menos propensos a desenvolver um adenoma do que aqueles que não comiam. Além disso, os consumidores regulares de iogurte também tinham uma probabilidade 26 por cento menor de desenvolver outros tipos da doença.

Devido à natureza observacional do estudo, os cientistas disseram que não conseguem averiguar por que o iogurte pode reduzir o risco de crescimentos pré-cancerígenos. Todavia, eles sugeriram que a resposta pode estar em duas bactérias comuns nos iogurtes: Lactobacillus bulgaricus e Streptococcus thermophilus.

Um dos coautores do estudo, Yin Cao, da Universidade de Washington, comentou que os dados recolhidos «fornecem novas evidências para o papel do iogurte no estágio inicial do desenvolvimento do cancro colorretal», assim como do «potencial das bactérias intestinais no desenvolvimento da doença».

Também sobre os resultados deste estudo, a investigadora especializada em doenças oncológicas, Katie Patrick, afirmou que esta é uma área de pesquisa interessante pois «o cólon é o lar de triliões de micróbios e as bactérias no intestino podem ser a origem de muitas doenças». Por isso, acrescentou que não surpreende o facto de muitas coisas do nosso dia a dia também poderem ter um papel na «saúde geral do nosso intestino, incluindo o que comemos».

No entanto, de acordo com a especialista, podem ser tomadas outras mudanças na nossa dieta que podem, também, reduzir o risco de desenvolver cancro colorretal, como:

  • Evitar carne processada e limitar a carne vermelha;
  • Comer muita fibra, por exemplo, em grãos integrais, leguminosas, vegetais e frutas;
  • Ter um peso corporal controlado e saudável.
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