Norland College: A escola que treina as amas da Família Real britânica e que garante salários que chegam a 12 mil euros mês

É comum observarmos, nas imagens que nos chegam da Família Real britânica, os filhos do príncipe William e de Kate Middleton (os príncipes George, Charlotte e Louis) acompanhados da ama, Maria Borrallo.

É comum observarmos, nas imagens que nos chegam da Família Real britânica, os filhos do príncipe William e de Kate Middleton (os príncipes George, Charlotte e Louis) acompanhados da ama, Maria Borrallo.

Discreta e que muitas vezes passa despercebida, Maria começou a trabalhar para os duques de Cambridge em 2014, quando o príncipe George tinha apenas 8 meses. Mas não se trata de uma ama qualquer.

Maria é uma das amas treinadas na prestigiada escola Norland College, em Bath, criada por uma professora primária em 1892, quando esta notou que as mulheres que ajudavam a tratar as crianças da Família Real e das altas esferas da aristocracia inglesa não tinham qualquer formação oficial.

Nesta escola, segundo indica a historiadora Louise Heren ao portal ‘HowStuffWorks’ as amas que aqui são formadas “têm um pouco de treino médico, que cobre bases de saúde e doenças infantis como varicela, sarampo, tosse convulsa, e para tratar cortes e escoriações”.

Aprendem também nutrição e culinária, pelo que, uma vez concluídos os estudos, quem aqui estuda pode ser ao mesmo tempo cuidador e tutor, já que as amas têm também formação em educação básica, ensinando as crianças a ler e escrever, fazer contas e também a cantar, tocar piano e outros instrumentos musicais.

O uniforma é facilmente identificável: “antiquado” e “tradicional”, é normal que, mesmo depois de formadas, as amas de Norland continuem a usar o vestino castanho-claro com detalhes brancos e um chapéu de aba curta, com um ‘N’ dourado estampado.

Cuidas dos filhos de algumas das pessoas mais poderosas do mundo implica outro treino que as amas ‘normais’ não têm: aulas de autodefesa e também técnicas de condução evasiva (para fugir a perseguições) ou para se deslocarem em situações de neve e gelo, bem como formação para “cenários limite”.

Apesar de tradicionalmente formar mulheres, em 2019 saíram de Norland as primeiras amas do sexo masculino, tendo a escola também já introduzido uma opção de uniforme de género neutro.

Toda a formação de excelência e a fama da escola têm, naturalmente, os seus custos: as propinas anuais chegam a ultrapassar os 20 mil euros.

Ao terminarem a formação, as amas têm um amplo leque de ofertas á disposição: em média, por cada formando de Norland há sete ofertas de trabalho. E os salários pagos a estes profissionais são também muito elevados: segundo indica a historiadora, começam nos 3 mil euros por mês mas, no caso de amas com oito anos de experiência, pode atingir mais de sete mil euros. Nos casos de deslocação da ama ao exterior ou outras condições, os valores podem mesmo ultrapassar os 12 mil euros de salário.

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