Este é um exercício da mente ligado à autopercepção, consciência e memória. A grande questão é perceber o que acontece ao cérebro se fala sozinho.
Esses monólogos simulam um discurso aberto, portanto não há diferença entre verbalizar e não verbalizar, de acordo com um artigo da ‘Live Science’. Oo passa por processos semelhantes ao falar em voz alta e ao pensar palavras, de acordo com Hélène Loevenbruck, especialista em neurolinguística e linguagem.
Existem regiões cerebrais que são ativadas durante a fala interior e que apresentam um estado semelhante quando se fala de fato. Entre as regiões ativadas estão o lobo frontal do hemisfério esquerdo e o lobo parietal.
Na infância as pessoas são esponjas que absorvem informações e costumam conversar com os seus brinquedos, mas quando ultrapassam o limiar dos cinco anos, essa voz é interiorizada.
Por ser desaprovado falar consigo mesmo em voz alta, por receio ser chamado de louco, as pessoas reprimem e guardam essa voz, mas o cérebro não entende esse preconceito e continua a manter essas conversas. Diz-se que quando se discute consigo mesmo, desempenham-se dois papéis: o da própria pessoa e da pessoa com quem está a falar.
Segundo Loevenbruck, «ao brincar consigo mesmo, os centros auditivos do lado esquerdo são ativados; e quando se discute e troca internamente de papéis para interpretar a pessoa com quem está a discutir há uma espécie de mudança de ativação da região do cérebro para o hemisfério direito».
Através da realização de ressonâncias magnéticas, foi demonstrado que o cérebro tem atividade semelhante com a fala interna e com a fala verbalizada Assim, deixe a sua mente vaguear e não impeça os monólogos, sejam eles internos ou verbalizados.