É o momento pelo qual todos esperamos. O “inevitável” anúncio da descoberta de uma vacina capaz de eliminar o coronavírus, é algo pelo qual aguardamos ansiosamente. Todos queremos regressar a uma vida “normal”. Todos queremos viver sem medo, sem ansiedade, sem restrições à nossa liberdade.
Infelizmente este é um processo longo e complexo. Apesar de todos os esforços, continuam a persistir dúvidas e um grande desconhecimento em torno deste vírus. É certo que a “corrida” para encontrar uma vacina já começou, no entanto ninguém pode confirmar quando teremos um tratamento eficaz. E se alguma vez o iremos sequer ter, é claro.
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No meio de toda esta ansiedade muita tem sido a desinformação veiculada. Muitas teorias da conspiração surgiram na internet apontado, por exemplo, Bill Gates como o responsável pelo surto de Covid-19. Segundo defendem o objetivo deste será a criação de uma vacina que permita inserir micro chips em todos os seres humanos…
Mesmo que esta teoria lhe pareça claramente disparatada, muitos outros factos pouco credíveis têm sido apresentados. É natural que tenha lido (e confiado) em alguns destes seguintes mitos, recolhido pelo portal BestLife.
- Mito #1: a vacina irá eliminar por completo o perigo
Ainda recentemente o jornal The Washington Post escreveu sobre esta questão, explicando algumas das razões que podem levar a acreditar que – mesmo se for descoberta uma vacina – a Covid-19 não desapareça tão cedo. Existem algumas doenças que se tornam endémicas e que não são nunca eliminadas por mais esforços que sejam feitos nesse sentido. Mesmo com a eventual chegada da vacina terão que continuar a existir alguns cuidados e precauções, defende o artigo.
- Mito #2: a vacina estará disponível para toda a população
Mesmo que a vacina seja criada, isso apenas representará um primeiro (importante) passo. Tão ou mais difícil que a sua criação, será certamente a criação de um sistema de produção capaz de gerar vacinas suficientes para toda a população. No início, infelizmente, nem todos poderão contar com esta “cura”. Os países mais desenvolvidos e mais poderosos serão os primeiros a poder adquirir e disponibilizar a vacina, sendo que mesmo dentro das suas populações será desafiante criar um sistema de distribuição suficientemente abrangente.
- Mito #3: teremos uma vacina antes do começo do próximo ano letivo
É impossível prever com exatidão uma qualquer data. Nunca tantas equipas científicas e de investigação estiveram concentradas em encontrar um tratamento eficaz para uma só doença. No entanto, mesmo assim é quase impossível que exista uma qualquer vacina até ao final deste ano. Anthony Fauci, um dos cientistas mais reputados dos EUA, acredita que é possível ter uma vacina em Novembro ou Dezembro. Muitas outras personalidades e organizações não partilham este otimismo, acreditando que apenas em 2021 teremos um tratamento eficaz.
- Mito #4: as vacinas provocam autismo
Apesar de todos os esclarecimentos prestados pelas diversas organizações e institutos de saúde – tais como a OMS – continua a existir uma forte desinformação que associa o autismo à vacinação. A investigação concluiu já que não existe uma correlação entre estas duas questões. O autismo é um distúrbio cognitivo e comportamental essencialmente provocado por questões genéticas. Apesar de o ambiente poder desempenhar um pequeno papel no desenvolvimento de autismo, as vacinas nada tem que ver com essa questão.
- Mito #5: o coronavírus vai desaparecer sem que seja necessária uma vacina
O próprio presidente Donald Trump já falou sobre este tema, referindo que acredita que o vírus vai desaparecer sem uma vacina. Para tal, diz, basta que cheguem os dias de maior calor. No entanto já diversas entidades – como a The National Acadamies of Sciences – vieram desmentir esta questão. O conhecimento atual diz-nos que é pouco provável que o vírus se torne menos transmissível nos meses de Verão. Até que uma vacina seja amplamente distribuída ou que se atinja uma imunidade geral, todos teremos que continuar nos próximos tempos a praticar algumas das regras essenciais de higiene e distanciamento social.
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