<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Covid-19: Investigadores reúnem-se em Lisboa para analisar ‘long-covid’

28 Março 2024
Forever Young

Investigadores nacionais e estrangeiros reúnem-se na próxima semana em Lisboa, numa conferência internacional inédita que pretende alertar para a relação da ‘long covid’ com doenças, como a fadiga crónica, e a necessidade de encontrar resposta para estes doentes.

Em declarações à Lusa, António Vaz Carneiro, professor catedrático jubilado da Faculdade de Medicina de Lisboa e um dos organizadores, explicou que sempre houve casos de pessoas que, após uma infeção aguda, apresentavam cansaço extremo, incapacidade para o trabalho, dificuldades de respiração e outros sintomas, mas lembra que, com a covid-19, este número aumentou.

“Chamávamos-lhe síndrome pós-viral, mas não ligávamos. E durante muitos anos as pessoas tinham síndrome de fadiga crónica e encefalomielite miálgica que muitos médicos nem acreditavam, porque não há no sangue, nem imagiologicamente, nada típico destas doenças”, explicou, acrescentando: “estes doentes estavam abandonados”.

Com a pandemia de covid-19, “apareceu uma população de dimensões colossais” infetada. “A grande maioria fica bem, mas outros veem a sua existência profundamente afetada”, disse o especialista, explicando: “apresentam cansaço extremo, profundamente limitante, alterações da consciência, não se conseguem concentrar, nem às vezes ler, e até complicações cardíacas”.

Também em declarações à Lusa, o reumatologista Jaime Branco, professor catedrático na Nova Medical School, explica que tem doentes com incapacidades quer física quer cognitiva: “apresentam alterações de memória, de atenção, de concentração, muito incapacitantes”.

“Alguns doentes, muitas vezes, ficam na cama longas horas durante o dia, o que não acontecia antes de terem ficado doentes”, conta o especialista, sublinhando que o elevado número de pessoas infetadas durante a pandemia fez aumentar os doentes que durante algum tempo – “meses ou até anos” – mantêm estas condições.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, uma em cada 10 pessoas infetadas durante a pandemia mantêm durante algum tempo sintomas associados à ‘long-covid’, também chamada de condição pós-covid-19.

“Alguns duram meses, outros duram anos, mas acabam por se desvanecer. Poucos são os doentes que permanecem com isto”, acrescenta Jaime Branco.

Sublinhando a inexistência de estudos em Portugal que indiquem quantas pessoas infetadas durante a pandemia acabaram por sofrer de ‘long-covid’, António Vaz Carneiro diz que, apesar de tudo, a pandemia veio dar visibilidade a estas condições.

“Subitamente passamos a ter uma doença que é igualzinha àquelas que sempre existiram, mas em que ninguém acreditava e agora toda a gente acredita”, afirmou.

Os especialistas insistem que não há um exame que faça o diagnóstico desta condição, explicando que o diagnóstico de faz “por exclusão de partes”, eliminando possibilidades de outras doenças com sintomas idênticos, e chamam a atenção para a importância de se investir na investigação.

“Eu gostaria muito de Portugal aparecesse no mapa, que fizéssemos também parte dos ensaios clínicos multicêntricos”, afirmou Vaz Carneiro, acrescentando: “espero que esta reunião seja apenas o principio de um plano mais alargado”.

Questionado sobre se faria sentido desenvolver um programa nacional para responder à ‘long-covid’ responde: “Ainda é cedo para falarmos nisso. Nós ainda não temos uma noção clara suficientemente detalhada de todos os aspetos desta doença”.

“Há algumas alterações bioquímicas, mas é muito curto, há muita coisa semelhante a isso que não é da covid. E na terapêutica, também ainda não temos uma resposta capaz. Estamos numa fase relativamente inicial”, frisou.

Contudo, deixa o alerta: “Se estes doentes não recuperarem (…), isto vai transformar-se num problema de saúde pública. Aí sim, estou convencido de que, daqui a um par de anos, provavelmente será necessário começar a pensar em recursos exclusivamente para esta doença”.

A conferência internacional decorre nos dias 03 e 04 de abril, na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).

SO // CMP

Lusa/fim

Mais Recentes

10 benefícios da canela: além do pauzinho no café e do pó no arroz doce

há 58 minutos

“Os amigos são para sempre”: pode dizer o mesmo do seu parceiro amoroso?

há 1 hora

Manchas solares: 7 mandamentos para as prevenir e tratar

há 2 horas

Dicas caseiras para tratar dos cotovelos e mostrar usar os braços sem vergonha

há 2 horas

Se tem vontade, chore: a sua saúde vai (certamente) agradecer

há 2 horas

9 erros que não deve (nunca) cometer quando decora a sala

há 3 horas

Quase sempre ignorado, este vegetal, rico em colágeno, elimina as rugas e melhora a memória depois dos 60 anos

há 3 horas

«Fungo mortal pode matar milhões se não agirmos rapidamente», alertam os cientistas

há 3 horas

«Isto é o que significa se deixar habitualmente o seu telefone no modo silencioso», revelam os especialistas

há 3 horas

«Este é o local onde é mais provável desenvolver alergia incomum à carne vermelha», garantem os especialistas

há 4 horas

«Sim, é possível morrer de coração partido; sobretudo se for uma destas pessoas», revelam especialistas

há 4 horas

Prolongue a vida da bateria do seu telemóvel e reduza o consumo: basta seguir estas dicas

há 4 horas

Prepare-se: daqui a 6 meses a idade da reforma e os cortes nas pensões antecipadas vão subir

há 4 horas

‘Vishing’: saiba como se proteger das burlas das chamadas internacionais

há 5 horas

Evite idas desnecessárias à oficina: 5 dicas para manter o seu carro em perfeitas condições

há 5 horas

Hotel renova imagem com design vanguardista e novos espaços gastronómicos

há 5 horas

Ioga sob a luz da lua celebra o bem-estar em harmonia com a natureza

há 6 horas

Se está a planear as férias importa saber: estes são os países mais seguros para viajar (saiba em que posição está Portugal)

há 6 horas

Transformar cascas de laranja em kombucha? Sim, é possível (e diz quem provou que é bom)

há 7 horas

Não seja tímido: dê uma nova vida à fruta este verão

há 7 horas

Subscreva à Newsletter

Receba as mais recentes novidades e dicas, artigos que inspiram e entrevistas exclusivas diretamente no seu email.

A sua informação está protegida por nós. Leia a nossa política de privacidade.