Pessoas com insuficiência cardíaca que receberam a vacina contra Covid-19 têm uma probabilidade 82% maior de viver mais tempo do que aqueles que não foram vacinados. A descoberta é de um estudo apresentado no sábado, dia 11, no Heart Failure 2024, congresso científico da Sociedade de Cardiologia da União Europeia.
A insuficiência cardíaca é um distúrbio em que o coração não consegue suprir as necessidades do corpo, diminuindo o fluxo sanguíneo nas veias e nos pulmões e levando a sintomas como fraqueza ou rigidez do músculo cardíaco. As estimativas são de que mais de 64 milhões de pessoas vivam com insuficiência cardíaca no mundo.
O estudo analisa o prognóstico de doentes com insuficiência cardíaca de acordo com o estado de vacinação contra a Covid-19. Para isso, os pesquisadores analisaram a base de dados do Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coreia, que abrange quase todos os residentes da República da Coreia, para obter informações sobre vacinações e resultados clínicos.
De acordo com o estudo, a vacinação contra a Covid-19 foi associada a um risco 82% menor de mortalidade por todas as causas, 47% menor de hospitalização por insuficiência cardíaca e 13% menor de infecção por Covid-19 em comparação com a não-vacinação.
Além disso, a vacinação foi associada a riscos significantemente mais baixos de AVC (acidente vascular cerebral), ataque cardíaco, miocardite/pericardite e tromboembolismo venoso, em comparação com a não vacinação.