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Investigadores do Porto criam protótipo que usa IA no diagnóstico de cancro colorretal

12 Março 2024
Forever Young

Os investigadores utilizaram cerca de 10 mil imagens de tecidos com cancro colorretal para treinar o modelo, tendo conseguido “uma acuidade diagnóstica de 93,44% e de sensibilidade de 99,7%” na deteção de lesões de alto risco deste tipo de cancro.

Diagnóstico do cancro do útero tem novo teste mais barato e eficaz

Investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e do laboratório IMP Diagnostics, no Porto, desenvolveram um protótipo que recorre à Inteligência Artificial (IA) para o diagnóstico de cancro colorretal.

Em comunicado, o instituto do Porto esclarece que o estudo, publicado hoje na revista científica “Precision Oncology” e também desenvolvido por investigadores do laboratório de Anatomia e Patologia Molecular IMP Diagnostics, retrata o “primeiro protótipo que aplica Inteligência Artificial ao diagnóstico colorretal”.

A investigação assenta no aperfeiçoamento de um protótipo que recorre à IA como “ferramenta complementar” ao diagnóstico de biopsias de cólon e reto, bem como na disponibilização “do maior banco de imagens digitalizadas de patologia colorretal”, que passa a estar disponível “ao serviço da investigação e do avanço do conhecimento nesta área”.

“O protótipo foi desenvolvido com base numa inovação técnica, na qual foi aplicada uma nova metodologia de treino mais eficiente, que permite reduzir significativamente o número de imagens necessárias para ensinar o modelo de IA, sem comprometer o seu desempenho. Estes avanços não só impulsionam a tecnologia de análise de imagem, como também contribuem para o desenvolvimento de soluções mais eficazes no diagnóstico de cancro colorretal”, salienta o INESC TEC.

Os investigadores utilizaram cerca de 10 mil imagens de tecidos com cancro colorretal para treinar o modelo, tendo conseguido “uma acuidade diagnóstica de 93,44% e de sensibilidade de 99,7%” na deteção de lesões de alto risco deste cancro.

Mais de metade das imagens digitalizadas, cerca de 5300, fica, a partir de hoje, disponível à comunidade científica.

Citado no comunicado, o investigador Pedro Neto, do INESC TEC, destaca que “parte das imagens pode ser usada para treino de outros modelos de IA e outra servirá especificamente para teste entre ferramentas de IA, o que trará maior rigor e justiça na comparação deste tipo de ferramentas”.

Também a patologista Diana Montezuma Felizardo, do IMP Diagnostics, destaca que esta divulgação de imagens pretende a “promoção da ciência e da partilha de conhecimento científico” e segue “um conjunto de diretrizes internacionais que recomendam que os dados científicos sejam facilmente encontrados, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis”.

A par do INESC TEC e do IMP Diagnostics, a investigação contou também com a colaboração de investigadores do Centro para a Inteligência Artificial em Medicina da Universidade de Berna, na Suíça.

Este estudo integra o projeto CADPATH.ai que é financiado em parte pelo programa COMPETE 2020 e que visa o desenvolvimento de ferramentas de IA para a patologia colorretal e do colo do útero.

Lusa