<br><br><div align="center"><!-- Revive Adserver Asynchronous JS Tag - Generated with Revive Adserver v5.5.0 -->
<ins data-revive-zoneid="25" data-revive-id="6815d0835407c893664ca86cfa7b90d8"></ins>
<script async src="//com.multipublicacoes.pt/ads/www/delivery/asyncjs.php"></script></div>
Partilhar

Cruz Vermelha lança projeto “Super-Avós” para unir gerações e combater a solidão dos idosos

7 Agosto 2025
Forever Young

Trajes feitos a quatro mãos entre avós e crianças estrearam-se na Comic Con Kids e conquistaram prémio de originalidade. Iniciativa quer crescer a nível nacional já em 2026.

A Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) deu início a um projeto intergeracional que pretende transformar a relação entre avós e netos — mesmo que não sejam de sangue. Chama-se “Super-Avós: Costurando Laços Entre Gerações” e junta idosas com talento para a costura, tricô e croché a crianças apaixonadas pela cultura pop, num desafio criativo que já deu frutos: os trajes produzidos em conjunto foram exibidos na Comic Con Kids, em Pombal, e venceram o prémio de Traje Mais Original.

O projeto foi lançado no âmbito do Dia Mundial dos Avós, celebrado a 26 de julho, e surge como resposta ao crescente problema do isolamento social entre a população sénior. Em Portugal, mais de meio milhão de idosos vivem sozinhos. Só em 2024, o Centro de Teleassistência da Cruz Vermelha registou 32.481 chamadas, sendo que 57% tinham como objetivo combater a solidão.

A iniciativa da CVP aposta na criação de laços reais, através de atividades partilhadas, como a confeção de trajes para eventos culturais. Mas o mais importante não são os fatos, sublinha a organização — são as relações que se costuram. “Quando criamos espaços de encontro e partilha, devolvemos propósito e dignidade a quem tantas vezes é esquecido”, afirma António Saraiva, Presidente Nacional da Cruz Vermelha.

O impacto emocional da iniciativa é visível em ambas as gerações. As idosas sentem-se úteis, ouvidas e valorizadas. As crianças aprendem com gestos e histórias, desenvolvendo empatia, escuta e respeito pelo tempo do outro. “A capa de um super-herói pode ser feita à mão por uma avó — e talvez esse seja o verdadeiro superpoder”, acrescenta António Saraiva.

Com direção criativa da FCB Lisboa, o projeto foi desenhado para ultrapassar o assistencialismo e abrir caminho a novas formas de solidariedade. “Estamos a coser, literalmente, relações humanas. A cada ponto dado, há uma memória, uma conversa, uma história partilhada”, diz Edson Athayde, diretor criativo da agência.

Paulo Rocha Cardoso, CEO da Comic Con Portugal, sublinha o valor simbólico e prático da iniciativa: “O projeto Super-Avós representa a missão da Comic Con de unir pessoas através de paixões partilhadas. Mostra que a cultura pop pode ser um verdadeiro motor de inclusão e coesão social.”

Apesar de ainda estar em fase-piloto, a Cruz Vermelha quer expandir o projeto a nível nacional em 2026, criando uma rede contínua de encontros entre jovens e seniores — num país onde o fosso geracional é cada vez mais um desafio civilizacional.