A tinta certa faz toda a diferença no acabamento final, uma vez que pode transformar um ambiente comum em algo sofisticado e durável, além de ser um recurso prático para destacar volumes, corrigir imperfeições e criar efeitos sensoriais.
Antes de decidir a cor ou o acabamento da tinta, é fundamental analisar o tipo de superfície que será pintada, uma vez que cada material, como alvenaria, madeira, metal, cerâmica ou gesso, exige um tipo específico de tinta e preparação, o que impacta diretamente no desempenho da pintura. Aplicar um produto inadequado pode resultar em descascamentos, manchas, bolhas e até comprometer a integridade da base.
Também é necessário conhecer a extensão que será pintada, se a parede possui um reboco novo, sendo que deve secar completamente durante no mínimo 28 dias. Já paredes antigas precisam de uma inspeção detalhada, onde as rachaduras devem ser reparadas, mofo eliminado e bolhas ou descascamentos raspados.
Nas superfícies irregulares, o uso de massa corrida em áreas internas ou massa acrílica em áreas externas ajuda a corrigir defeitos e garantir um acabamento mais liso.
O tipo de tinta também vai variar de acordo com a necessidade estética e funcional do projeto. Enquanto o acabamento fosco ajuda a disfarçar imperfeições, os brilhosos destacam os detalhes da superfície. Algumas exigem a aplicação de seladores ou fundos preparadores antes da pintura, para garantir uma maior aderência da tinta e uniformidade no resultado.
A escolha deve começar pela função da tinta, e não apenas pela cor.
Ambientes internos secos, como salas e quartos, geralmente aceitam bem tintas látex PVA, que são económicas, fáceis de aplicar e oferecem boa cobertura. Já áreas sujeitas à humidade ou necessidade de limpeza frequente, como cozinhas, casas de banho, lavanderias e até quartos infantis, pedem tintas acrílicas laváveis, com acabamento fosco, acetinado ou semibrilho, que suportam o contato com pano húmido e produtos de limpeza leves.
Para áreas externas, a escolha deve considerar a exposição ao sol, à chuva, às variações térmicas e à poluição. A tinta acrílica de alta performance ou a tinta elastomérica é mais indicada, pois possui resistência às intempéries e flexibilidade para acompanhar dilatações da parede.
Erros comuns e como evitá-los
1. Não preparar a parede
Entre os erros mais comuns no momento de pintar, está ignorar a etapa de preparação da parede. Muitos acham que é comprar a tinta e pintar, mas a preparação da área é essencial para uma boa execução e resultado final.
2. Diluição incorreta da tinta
A diluição incorreta do produto ou a aplicação em demãos muito espessas, que comprometem a secagem e favorecem o surgimento de rugas ou marcas de rolo.
3. Não levar em consideração ao clima
O clima também influencia no resultado, pois em dias muito frios, a tinta demora mais para secar, e em dias quentes demais, pode secar rápido demais, antes de aderir corretamente à superfície.
4. Ferramentas inadequadas
O uso de ferramentas inadequadas pode afetar o acabamento. Querer economizar nas ferramentas atrapalha todo o processo de pintura. Rolo de baixa qualidade, pincel com cerdas irregulares ou bandejas improvisadas podem deixar marcas indesejadas.
5. Não respeitar o intervalo entre demãos
A ansiedade para ver o resultado muitas vezes leva à aplicação da próxima camada antes da secagem completa da anterior e isso pode resultar no descolamento total da tinta, além do compromisso da estética.