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Dentes do siso podem esconder células que revolucionam tratamentos de doenças, revela estudo

1 Julho 2025
Forever Young

Investigadores da Universidade do País Basco revelam que células estaminais da polpa dentária têm incrível capacidade de transformação e prometem avanços na medicina regenerativa.

Milhões de pessoas extraem diariamente os dentes do siso, aqueles que muitas vezes não nascem ou causam incómodos. Mas estes dentes podem ter uma utilidade muito maior do que se pensava: no seu interior escondem células estaminais dentárias com grande potencial terapêutico.

A investigação, conduzida por uma equipa da Universidade do País Basco (UPV/EHU), liderada pelo investigador Gaskon Ibarretxe, especialista em biologia celular, revelou que a polpa dentária – o núcleo mole e vascular que mantém o dente vivo – contém células capazes de se transformarem em neurónios, músculo cardíaco ou osso quando estimuladas em laboratório.

«Esta transição de expressão genética para atividade elétrica genuína é fundamental, porque os circuitos cerebrais danificados precisam de células que consigam enviar sinais», explica Ibarretxe.

Avanços promissores contra doenças neurodegenerativas

Estudos pré-clínicos indicam que estas células podem aliviar sintomas motores em ratos com doença de Parkinson, abrindo caminho a tratamentos inovadores para distúrbios do movimento.

A equipa prepara agora ensaios clínicos multicêntricos para comparar implantes de células da polpa dentária com a atual técnica padrão de estimulação cerebral profunda, utilizada no tratamento destas doenças.

Se os resultados forem positivos e as células conseguirem restaurar funções perdidas, os dentistas poderão, num futuro próximo, oferecer aos pacientes um kit de preservação destas células junto com os habituais pacotes de gelo pós-extração.

Como refere o estudo publicado na revista científica Stem Cell Research & Therapy, o dente do siso pode estar prestes a tornar-se um verdadeiro “ouro médico”.