A MAPFRE enuncia os princípios fundamentais da poupança responsável e mostra como esta pode também ser uma estratégia acessível a toda a gente, podendo garantir estabilidade financeira – quando feita de forma inteligente – e contribuir para um futuro mais sustentável a nível pessoal e global.
- Definir
Gerir de forma responsável um orçamento é a espinha dorsal de uma gestão financeira saudável. Antes de avançar para a análise de produtos considerados sustentáveis, há que definir qual o valor disponível para poupar ou investir.
A poupança responsável começa com a consciencialização dos padrões de gastos, categorizando despesas em essenciais e não essenciais e permitindo uma visão clara das áreas que absorvem a maior parte dos recursos. Uma vez identificadas, essas áreas podem ser alvo de estratégias como a procura por alternativas mais económicas, negociação de preços e mesmo eliminação de gastos supérfluos.
Não consumir produtos que não são fundamentais, não ser um seguidor de fast fashion ou simplesmente seguir as recomendações dos Green Alert da MAPFRE (Lifestyle eco-friendly; Black Friday Sustentável; Transportes leves; Poupança de Água, entre outros) pode ser um bom início para conseguir poupar alguma coisa para investir.
- Estabelecer metas
Feita a avaliação, e garantido um valor para emergências, segue-se a fase de estabelecer metas financeiras, peça-chave no jogo da poupança responsável. O estabelecimento de metas claras torna mais fácil direcionar esforços e recursos, sendo por isso fundamental que sejam realistas e alcançáveis de acordo com o valor que se pode disponibilizar. Metas irrealistas podem levar a desmotivação e, consequentemente, ao abandono do plano financeiro. Defina, por isso, o que pretende fazer com o valor aforrado e tenha em mente que pode direcionar a sua poupança e investimento para melhorar a sua vida e a vida do planeta, através da implementação de medidas amigas do ambiente, que muitas vezes se traduzem em poupança… na carteira.
Por exemplo, se fizer obras em casa, tenha em conta opções mais ecológicas; se quiser viajar, reduza o impacto através de meios de transporte mais amigos do ambiente; e se estiver a pensar investir em PPRs, uma opção muito procurada nesta altura do ano por ter benefícios fiscais – e que são geralmente compostos por seguros ou fundos de ações – confirme se as suas componentes são mesmo responsáveis ou se se trata apenas de greenwashing.
- Avaliar
Tão importante quanto definir a quantia a colocar regularmente de lado é conhecer as regras para um investimento responsável.
Por um lado, deve avaliar os produtos disponíveis – depósitos, certificados, PPR, obrigações, fundos, ações, entre outros –, que estão de acordo com o seu perfil de investidor e também com a vontade de investir em áreas que apresentem as melhores práticas em áreas como direitos humanos, impacto ambiental ou gestão de recursos humanos; por outro, é importante excluir entidades envolvidas em setores considerados controversos ou sobre os quais tem dúvidas relativamente às suas políticas de sustentabilidade.
- Diversificar
A estratégia pode passar por diversificar, ou alocar os recursos em diferentes tipos de investimentos, porque reduz os riscos e aumenta as oportunidades de retorno financeiro a longo prazo.
Se entender que deve aplicar as suas poupanças em outras áreas, como imobiliário, seja na recuperação da casa onde vive, na aquisição de um novo local para viver, para segunda habitação ou para investir e colocar no mercado de arrendamento, tenha em conta materiais amigos do ambiente e olhe para as possibilidades com uma visão além do mero investimento financeiro. Porque não investir na educação de uma criança, onde todo o dinheiro faz uma enorme diferença, ou contribuir para uma entidade que trabalhe de forma séria no setor social ou mesmo em áreas como a cultura?
Finalmente, os PPR. Os Planos de Poupança Reforma podem estar associados a seguros, neste caso com capital garantido, ou a fundos de investimento e habitualmente são comercializados por instituições de crédito ou por seguradoras. Pensar nesta opção como complemento a uma reforma que irá chegar mas que nunca será igual ao seu melhor salário durante uma vida de trabalho, é uma forma de pensar na sua sustentabilidade económica e social no futuro.