Desde sempre, a existência de Deus tem sido objeto de debate e procura de provas, embora evidências concretas sejam escassas. No entanto, Hawking deu a sua perspetiva sobre se acreditava ou não num ser superior, sentado num trono nos portões do céu.
O físico teórico e cosmólogo abordou vários temas ao longo da sua vida, desde alertas para a humanidade até especulações sobre a presença de extraterrestres. Faleceu em 2018, aos 76 anos, deixando um legado notável.
No seu último livro, Brief Answers to the Big Questions, Hawking falou sobre Deus e religião, dizendo:
“Durante séculos, acreditou-se que pessoas com incapacidades como eu viviam sob uma maldição imposta por Deus.
Pois, suponho que é possível que eu tenha ofendido alguém lá em cima, mas prefiro pensar que tudo pode ser explicado de outra forma, pelas leis da natureza.”
Explicou ainda que, para quem acredita na ciência, deve acreditar em certas leis que são sempre cumpridas:
“Se quiser, pode dizer que essas leis são obra de Deus, mas isso é mais uma definição de Deus do que uma prova da sua existência.”
Sobre a vida após a morte, Hawking escreveu:
“Cada um é livre para acreditar no que quiser, e a minha opinião é que a explicação mais simples é que Deus não existe.
Ninguém criou o universo e ninguém dirige o nosso destino. Isso leva-me a uma realização profunda: provavelmente não há Céu nem vida após a morte. Temos esta única vida para apreciar o grandioso desenho do universo e disso sou extremamente grato.”
Em declarações ao jornal The Guardian, reafirmou o seu ponto de vista:
“Considero o cérebro como um computador que deixa de funcionar quando os seus componentes falham. Não há céu nem vida após a morte para computadores avariados; isso é uma história de fadas para quem tem medo do escuro.”