Eis cinco trunfos femininos comprovados pela ciência.
Não vimos de planetas diferentes como defendem alguns livros. Nem existe um cérebro 100% masculino ou feminino com os traços típicos que lhe associamos (sentido de orientação, capacidade de realizar múltiplas tarefas em simultâneo). O que pesquisas recentes como a de Daphne Joel, investigadora da Universidade de Tel Aviv, concluem que o cérebro humano é um mosaico, com características de ambos os géneros. Por outro lado, cientistas reconhecem que há diferenças entre os dois que a biologia pode explicar como certas reações do organismo, a nível físico e psicológico, esclarece o site advancecare .
1. Cérebro menor, zona associada à aprendizagem maior
Em média, o cérebro feminino tem uma dimensão entre oito e 14 por cento inferior ao masculino. Mas há outras diferenças: nas mulheres o hipocampo, zona associada à aprendizagem e memorização, é maior e nos homens é a amígdala (associada à resposta emocional, agressividade). Mais do que o tamanho do cérebro, que não interfere no desempenho cognitivo, o que fascina os cientistas é o facto de funcionar de forma diferente. Em tarefas idênticas, homens e mulheres ativam zonas cerebrais distintas.
O cérebro feminino tem mais massa cinzenta nas zonas parietal e frontal (que processam estímulos externos, como a interação social). Para investigadores da Universidade da Carolina do Norte, a diferença pode ajudar a explicar a incidência de perturbações do espectro do autismo no sexo masculino.
2. As mulheres ressonam menos
Quando o tema é ressonar, os protagonistas são na sua maioria homens (nos EUA, 24% sofre de apneia, comparativamente a 9% das mulheres). Coincidência? Não. A resposta pode estar nas hormonas que protegem o sexo feminino da apneia do sono e de problemas associados. Mesmo na menopausa, quando a incidência feminina de apneia aumenta, os sintomas são mais subtis e as mulheres podem nem chegar a ressonar.
3. O sexo feminino bate recordes de longevidade
Que o sexo feminino vive mais tempo não é novidade (aliás é uma característica comum a outros mamíferos). Mas por que razão é que entre 53 supercentenários – pessoas com 110 anos –, 51 são mulheres? Esta é a questão que intriga investigadores como Ben Dulken e Anne Brunet, da Universidade de Stanford. Como revelam no estudo, uma das explicações para este fenómeno pode estar na ação das hormonas sexuais (estrogénios e testosterona) têm no envelhecimento das células estaminais, sendo as mulheres favorecidas.
4. Mais vulneráveis ao stress mas maior capacidade para lidar com ele
As alterações hormonais a que as mulheres estão sujeitas ao longo da vida podem afetar o seu percurso, sobretudo no que toca ao impacto do stress. Se a isto aliarmos pressões sociais ou os múltiplos papéis que têm na família e sociedade, não será de estranhar que o sexo feminino seja o mais afetado por patologias como a depressão – duas vezes mais frequente nas mulheres, segundo o National Institutes of Health. Por outro lado, são também elas as primeiras a procurar ajuda, ao contrário do sexo oposto. Segundo a American Psychological Association, além da tendência para relatar mais facilmente sintomas associados ao stress, as mulheres, simultaneamente, têm uma melhor capacidade para relacionar-se com os outros e criar laços que serão importantes estratégias para lidar com o stress.
5. Sexo feminino: melhores líderes
Íntegras, honestas, conseguem superar desafios difíceis, são eficazes na gestão de equipa e têm uma iniciativa superior à masculina. A liderança feminina destaca-se pela positiva. Segundo um estudo realizado em 2011 com 16 mil líderes (apenas um terço feminino) e divulgado pela Business Insider, o sexo feminino foi superior em 14 das 16 competências avaliadas. Um dos pontos que distinguiu as mulheres como boas líderes é o hábito de perguntar o que pode ser melhorado e tomar medidas nesse sentido, uma característica presente em ambos os sexos no início de carreira mas que após os 40 anos tende a desaparecer no sexo masculino.
Sabia que…
O sexo feminino parece ser mais vulnerável ao tabaco e tem mais dificuldade em deixar de fumar. No organismo feminino o metabolismo da nicotina é mais rápido e os substitutos (adesivo, pastilhas) não surtem o mesmo efeito, revelam dados do National Institutes of Health.