Mas dependendo do caso é possível fazer com que a intolerância deixe de ser um problema.
Depois de tratamentos algumas pessoas voltaram a produzir a láctase (enzima responsável pela hidrólise da lactose).
Caso se corte o consumo de lactose de forma radical, é possível que o corpo recupere com o tempo.
É importante destacar que a intolerância à lactose não é um problema considerado “curável”. Muitas pessoas que sofrem passam a vida toda sem poder consumir alimentos derivados do leite. No entanto, é válido lembrar que existem diferentes níveis de intolerância – alguns são mais brandos enquanto outros precisam de uma dieta mais radical.
A intolerância à lactose primária (ou genética), por exemplo, consiste na ausência total ou parcial da láctase. Neste caso, é possível que a pessoa apresente sintomas desde a infância – apesar de existirem casos em que o problema se manifestou apenas na fase adulta. O lado mau é que, por ser uma intolerância congénita, acaba por ser.
No caso da intolerância à lactose secundária, é possível que o organismo recupere com o tempo. Diferente da primária, é causada por alguma lesão ou doença (como desnutrição, diarreia infeciosa, giardíase e doença celíaca) que prejudica o funcionamento do intestino e, consequentemente, a produção de láctase. A boa notícia é que, por ser um um problema adquirido, esse tipo de intolerância à lactose pode ser curado com o tempo – mas apenas quando o tratamento é feito da maneira certa e com o devido acompanhamento.
Como funciona o tratamento para intolerância à lactose?
Inicialmente, o corte de leites e derivados é feito de forma mais radical, o que garante uma melhoria dos sintomas (como inchaço e dores) e a recuperação do organismo. Mas, com o tempo, pode ser feita a reintrodução dos alimentos – um pouco de leite, iogurtes e queijos, por exemplo – sempre com acompanhamento médico. Essa reintrodução é importante para acrescentar nutrientes ao corpo, como o cálcio, e também procurar (aos poucos) uma resolução para o problema.