Está dado o primeiro passo para puxar o tempo para trás. Um grupo de cientistas norte-americanos da Mayo Clinic descobriu uma nova classe de medicamentos que prometem prolongar o tempo de vida e reverter os sinais de envelhecimento, através de manipulação genética. Chamam-se senolíticos e estima-se que cheguem ao mercado dentro de cinco a 12 anos, de acordo com o jornal britânico “The Guardian”.
Em 2016, o tempo voltou para trás para alguns ratos de laboratório adultos. Os animais foram submetidos a sessões curtas de reprogramação celular, que fizeram com que células adultas voltassem à sua fase inicial de células indiferenciadas. Os efeitos foram óbvios: a esperança média de vida das cobaias aumentou de 18 para 24 semanas.
«O envelhecimento saudável é um enorme projecto e pode trazer bastantes benefícios, quer para governos como para as próprias pessoas», diz Ming Xu, professor assistente do Centro de Envelhecimento da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, citado pelo “The Guardian”. O envelhecimento, como sublinha Xu, «é o maior factor de risco para a maioria das doenças crónicas».
Como funciona? Os investigadores acreditam que estes fármacos manipulam as células do corpo humano para travar o envelhecimento do organismo e livrar-nos de muitas doenças relacionadas com o avançar da idade, como cancro ou Alzheimer. A terapêutica já está a ser testada em seres humanos e os resultados são «promissores».