Quer ser contratado? Estes são os 8 erros a evitar no seu CV

Um bom CV é meio caminho andado para um novo emprego.


Enviar um CV tradicional: Os especialistas afirmam que o formato convencional de CV é cada vez menos eficaz. Embora continue a ser utilizado, numa sociedade tão visual como a que temos pede-se, no mínimo, que haja alguma criatividade na apresentação de um CV.

Utilizar cor no cabeçalho e rodapé das páginas, criar um logótipo pessoal com o seu nome e trocar a fonte Times New Roman por uma mais contemporânea, como Calibri, Cambria, Palatino ou Verdana, são alguns pequenos ajustes que, em conjunto, fazem toda a diferença. Outro aspeto importante é resumir a informação e deixar o CV o mais arejado possível. Páginas cheias de texto só ficam bem em livros.

Incluir todos os locais onde já trabalhou: Não existe nenhuma lei que o obrigue a listar no CV todos os empregos que já teve. Este documento serve como um cartão de visita, uma apresentação de si mesmo, por isso não deve ser transformado numa nota biográfica.

Inclua os locais onde trabalhou que tenham alguma relação ou relevância para o cargo a que se candidata, deixando os outros de parte. Empregos que tenha tido no início de carreira ou ainda durante a faculdade provavelmente nada têm que ver com a sua profissão de hoje em dia, pelo que poderão ser totalmente excluídos. Deste modo, o seu CV ficará mais focado naquilo que realmente interessa ao empregador, além de mais curto, o que é uma vantagem.

Referir habilitações já obsoletas: Cada vez mais os empregadores procuram colaboradores atualizados no que diz respeito às novas tendências e novos standards do mercado. Não fará sentido, por isso, referir no seu CV a sua proficiência em software obsoleto que há anos não é utilizado no mercado.

Ainda no que diz respeito a conhecimentos de informática, evite também referências a software óbvio, como o Windows ou o Microsoft Word – em qualquer profissão que implique trabalhar com um computador o empregador considera esses conhecimentos como dado adquirido, pelo que tê-los não é uma mais-valia, mas algo que já se pressupõe que tenha.

O que incluir, então, nesta secção do seu CV? Ferramentas informáticas ou skills que estejam alinhadas com as tendências do mercado. Se trabalhar em vendas, por exemplo, o domínio do Salesforce poderá ser um aspeto a referir.

Utilizar um endereço de e-mail dos anos 90: Caso ainda esteja a utilizar determinados serviços de e-mail que estiveram em voga no boom da internet, mas hoje se encontram completamente desatualizados, talvez deva criar um novo endereço de e-mail para procurar emprego.

É verdade que o Hotmail, o AOL e a Yahoo foram grandes no passado, mas o melhor que tem a fazer hoje é criar uma conta de Gmail, pelo menos para fins profissionais, mantendo quaisquer outras contas ativas para o plano pessoal. E por que é que isto é importante? Porque, tal como referido no erro número três, os empregadores procuram pessoas atualizadas quanto às últimas tendências.
Utilizar um endereço de e-mail de uma plataforma obsoleta não dá de si a melhor imagem de atualização.

Dificultar a vida ao empregador: Além de tornar o seu CV simples de ler, é também importante que facilite a interação do empregador com o documento, que é uma porta para entrar em contacto consigo.

Na indicação do e-mail, por exemplo, não se limite a escrevê-lo em texto simples: insira um hiperlink para que o empregador possa clicar e de imediato abrir uma nova mensagem de e-mail. Do mesmo modo, inclua no seu CV o endereço clicável para o seu perfil no LinkedIn. Caso não tenha um perfil nesta rede social, está na hora de criá-lo, visto que o LinkedIn é hoje uma plataforma essencial para quem procura emprego.

Destacar um objetivo de carreira: Houve uma altura em que era comum incluir no topo do CV uma frase com os objetivos de carreira do candidato. Caso o seu CV ainda tenha esta secção, saiba que alguns especialistas defendem que se deve livrar dela.

Na verdade, os seus objetivos de carreira serão algo que o empregador poderá querer abordar numa entrevista pessoal, mas têm pouca valia num CV escrito, onde a maioria insere uma série de considerações generalistas, que acabam por não servir para muito. É mais útil escrever, em poucas linhas (não mais do que 50 palavras), um resumo das suas habilitações, capacidades e experiências profissionais, que poderá colocar ao serviço do empregador se for contratado.

Chamar a atenção para a sua idade: Apesar de nenhuma empresa admitir que discrimina candidatos consoante a sua idade, a verdade é que muitas pessoas com mais de 50 anos acreditam que esta é um problema. Se não quiser, desde logo, que a idade se apresente como um obstáculo, simplesmente retire a data de nascimento do CV.

Mas não se limite a isso: retire também a data de conclusão do curso. Se a idade efetivamente não for um problema para o empregador, não há motivo nenhum para incluí-la no seu CV. Deixe essa questão para a entrevista pessoal.

Reforçar o óbvio: Será realmente necessário dizer no CV que pode fornecer referências? O empregador parte do princípio de que sim. É preciso dizer que está disponível para um novo emprego? Se não estivesse, não se candidatava.

Estas, entre outras considerações, ao longo dos anos, tornaram-se lugares-comuns que surgem em praticamente todos os CV e que não têm absolutamente nenhuma relevância. Antes de escrever algo para ser lido por um empregador, pense se está a fornecer informação útil ou simplesmente a “encher”. Evite este tipo de clichés e torne o seu CV curto, apelativo, fácil de avaliar e, principalmente, eficaz na transmissão da mensagem que quer passar.

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