A TEAM LEWIS anunciou a implementação de uma “Política de Menopausa” global que reflete o seu compromisso contínuo com a inclusão e o bem-estar da sua força de trabalho. Com esta abordagem, a empresa procura promover um ambiente de trabalho mais empático e acolhedor para todos os colaboradores que enfrentem desafios relacionados com este processo biológico.
Em conversa com a Forever Young, Inês Barbosa, diretora da TEAM LEWIS Portugal, explicou os objetivos que a empresa pretende alcançar com a implementação desta iniciativa, nomeadamente «destacar que o impacto potencial dos sintomas nefastos da menopausa no bem-estar físico, mental e emocional da sua força de trabalho, reconhecendo que pode afetar qualquer pessoa, independentemente da sua identidade de género».
Desde quando está a Agência TEAM LEWIS em Portugal?
Estamos presentes no país desde fevereiro de 2009 – por isso, prestes a celebrar o nosso 16.º aniversário.
Quais as atividades principais da empresa?
A TEAM LEWIS é uma agência de comunicação integrada, prestando serviços 360º aos nossos clientes. As nossas duas vertentes principais são Relações Públicas (assessoria de imprensa, comunicação corporativa, posicionamento de executivos / thought leadership, gestão de crises, etc.) e Marketing Digital (gestão de redes sociais, campanhas pagas, SEO, marketing de conteúdo, lead generation, email marketing, etc.). Temos também uma forte vertente de Consultoria de Comunicação e um departamento criativo que auxilia com todas as necessidades de design/branding dos clientes.
Em que alicerces assentam a vossa filosofia (e missão)?
Privilegiamos as pessoas acima de tudo – tanto internamente, como os nossos clientes – e sentimos que somos mais fortes por sermos uma empresa onde reinam a diversidade e a inclusão. Incentivamos a criatividade e a experimentação, porque queremos exceder as expectativas com ótimos resultados, mas também quebrar o status quo. Não somos “só mais uma agência” – somos uma enorme força global, presente em quase todo o mundo, mas perfeitamente adaptada à realidade local e com muita agilidade para implementar novas tecnologias e as melhores práticas do mercado. Para além disso, a nossa TEAM LEWIS Foundation, que criámos em 2021 para apoiar instituições de beneficência com donativos monetários e de tempo e trabalho pro bono, materializa também a nossa preocupação constante com o bem-estar das comunidades onde operamos, porque queremos olhar mais além de nós mesmos e tornar o mundo um pouco melhor por onde passarmos.
Sentiram necessidade de abordar o tema da menopausa de uma forma mais, digamos, direta, porquê?
Sentimos, infelizmente, que ainda existem estigmas e falta de entendimento relativamente à menopausa, especialmente no ambiente de trabalho. Assim, com esta política queremos não apenas apoiar os nossos colaboradores que possam estar a passar por essa fase, que pode ser desafiante, mas também abrir espaço para que todos nos sintamos à vontade e sem preconceitos para falar sobre este processo, absolutamente natural e inevitável ao longo da vida. Sendo a inclusão um pilar central da nossa cultura, e não vendo muitas empresas no setor a falar sobre estes temas, era importante para nós liderar pelo exemplo.
De que forma perceberam o impacto dos sintomas da menopausa na vossa força de trabalho feminina? E nos homens, perceberam se também eles eram impactados por esta nova fase da vida das colegas?
A nossa equipa de RH, tendo pessoas nas várias regiões onde estamos presentes, trabalha de forma muito integrada e partilha conclusões, de forma a encontrar padrões e sinergias. Assim, chegaram à conclusão que em vários países havia colegas a sofrer de sintomas de menopausa e que estes estavam a afetar diretamente o seu bem-estar e o desempenho laboral, desde alterações no humor e na concentração até desafios físicos, como fadiga ou ondas de calor, e naturalmente partiram para a busca de soluções imediatas, que acabaram por culminar na elaboração desta política global e que olha para o tema de forma mais abrangente. Por outro lado, era também notório que os efeitos da menopausa não só impactavam quem a estava a viver, mas também influenciavam por vezes a dinâmica da equipa, incluindo os colegas do género masculino ou os colegas das gerações mais jovens, que por vezes não estavam cientes de como apoiar os colegas de forma adequada. Assim, decidimos favorecer as condições para criar um ambiente laboral de maior compreensão e empatia, promovendo um diálogo aberto que beneficia todas as pessoas nas equipas.
De que forma a política de apoio à menopausa que agora implementam reflete os princípios estratégicos da empresa?
A política reflete o nosso compromisso profundo com a diversidade, inclusão e bem-estar. Sem um ambiente de trabalho saudável e com apoio dos managers e dos pares não é possível prosperar, tanto individualmente como enquanto empresa, e por isso esta iniciativa procura dar um passo mais para garantir que todos os que precisam têm as condições necessárias para se sentirem tão bem quanto possível.
Quais os objetivos que pretendem atingir com esta iniciativa?
Criar um ambiente inclusivo, oferecer suporte na prática e adaptado a necessidades reais, e sensibilizar e educar a força de trabalho para questões tão relevantes quanto um processo biológico inevitável.
Sendo esta uma iniciativa inédita, em que parâmetros se basearam para a desenvolver?
Ouvir os nossos colaboradores foi essencial para compreender como se sentiam afetados e o que poderíamos fazer para os ajudar. Uma vez que estamos sempre atentos ao que acontece no mercado (e mais além da nossa própria indústria), analisámos boas práticas de outras empresas, mas também identificámos esta lacuna na maioria delas, e por isso procurámos encontrar a melhor forma de a preencher.
Quais os principais pilares em que vai assentar esta política e de que forma vão os mesmos ser implementados?
Como tenho vindo a referir, vai assentar muito no apoio direto e personalizado para cada colaborador que necessite, garantindo horários flexíveis, possibilidade de trabalho remoto e recursos físicos para que se sinta tão confortável quanto possível; e na educação e no diálogo aberto, promovendo workshops de sensibilização e conversas com especialistas sobre este tema (e outros relacionados). Queremos reforçar sempre a nossa cultura de empatia e suporte mútuo.
De que forma reagiram as vossas colaboradoras (e colaboradores) a esta iniciativa?
A reação foi naturalmente positiva – os colaboradores diretamente afetados sentiram-se ouvidos e apoiados, e os restantes ganharam maior consciência sobre como podem ser parte de uma cultura mais empática. Também acreditamos que esta política abre caminho para que todos se sintam mais à vontade para partilhar as suas necessidades, fortalecendo a confiança na empresa como um espaço seguro e de apoio mútuo.
Têm a expetativa de que esta iniciativa possa vir a ser replicada noutras empresas organizações?
Claro que sim. Estamos constantemente a aprender com as boas práticas de outras empresas, que saudamos e por vezes adotamos também, e esperamos que esta nossa iniciativa seja vista da mesma forma e seguida como exemplo. Mais que isso, queremos continuar a encontrar oportunidades de expandir as nossas políticas de bem-estar e inclusão e aprender todos os dias um pouco mais.