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Entrevista: «O amor é um motor de vida», Helena Sacadura Cabral

6 Novembro 2023
Sandra M. Pinto

Tendo como ponto de partida o seu novo livro, trocámos algumas palavras com Helena Sacadura Cabral.

Escritora, economista e jornalista, Helena Sacadura Cabral lança agora um novo livro, “Pensar, Olhar, Viver”, Fruto de histórias pessoais, experiências transformadoras e observações perspicazes, este livro pretende iluminar o caminho para uma vida plena, alegre e consciente. De sorriso aberto e bonito, a mãe de Miguel e Paulo Portas é hoje uma mulher que não olha para o passado. É antes de olhos postos no presente e a espreitar para o futuro que nos diz que «muito do nosso destino é feito por nós».

Como foi crescer entre um pai autoritário e uma mãe mais liberal?
Não foi fácil, mas fez de mim uma jovem que sabia o que queria e que lutou para ver realizados os seus objetivos. E, mais tarde, foi essa jovem que se transformou na mulher que sou hoje. Estou-lhes muito grata!

Quando era criança e lhe perguntavam o que queria ser quando fosse grande o que respondia?
Respondia que queria ser médica cirurgiã da cabeça, convencida que estava, que mexendo dentro da cabeça transformava as pessoas más em pessoas boas. Julgo que ajudar a mudar o mundo foi sempre um sonho meu…

Mas não realizou esse desejo…optou antes por Economia. O que a fez mudar de escolha?
O que me fez optar por Economia, e não por Direito – que é outra carreira da família – foi o veto paterno a ter uma filha a trabalhar com mortos nus numa aula mista. Face a isso, acreditei que a Economia me ia permitir satisfazer o meu desejo de ajudar na mudança do universo. Não era uma intervenção física, mas era uma maneira de intervir, através de medidas de natureza social.

Ter um pai que não queria que prosseguisse os estudos não deve ter sido uma situação simples…
Simples não foi. Mas pertenço a uma família habituada a lutar por aquilo que verdadeiramente quer.

Foi a primeira mulher a ser admitida nos quadros técnicos do banco de Portugal. Como foi ser a primeira?
Como em tudo o que se faz pela primeira vez. Primeiro com cautela avaliando as minhas possibilidades de sucesso e depois firme e segura, cativando os que trabalharam comigo e a quem devo bastante. Nunca tive medo de mandar, mas gosto de trabalhar em equipa. E julgo que sei fazer bem isso!

Mãe e esposa foi fácil conciliar a vida familiar com a profissional?
Não foi simples, mas não foi um drama. No fundo eu estava a pagar o preço da minha escolha: ter uma carreira e ter uma família.

Como foi ser mãe de dois homens tão diferentes, mas igualmente brilhantes e influentes na vida deste nosso Portugal?
Foi compensador e foi um teste àquilo que sou. Fiz com eles o que gostaria que fizessem comigo. Toda a liberdade com toda a responsabilidade, sabendo ambos o pouco que eu respeitava a atividade partidária. O que é muito diferente do exercício da política, que é uma tarefa bastante nobre.

Como se encara o desaparecimento precoce de um filho?
Não se encara. Só se consegue aceitar, quando acreditamos que os filhos são uma dádiva de Deus. Eduquei-os para que eles voassem pelas suas próprias asas. O Miguel foi feliz o tempo que esteve vivo. Só saber isso me deu ânimo para seguir em frente e tratar dos vivos. Foi o que ele me pediu que fizesse e tenho seguido à regra o seu pedido, sabendo que lá em cima, um dia o voltarei a abraçar.

Uma curiosidade: gostava de ver o seu filho Paulo na Presidência da República?
Há uns anos dir-lhe-ia que não. Hoje, o que eu desejo, é que ele seja feliz nas opções que tomar!

E a escrita, de que forma entra ela na sua vida?
Pelas mãos da Madalena Fragoso que me levou para a Máxima.

É uma mulher virada para o passado?
Não tenho nada de passadista. O caminho faz-se para a frente.

Quem foi a pessoa que mais a inspirou?
A minha mãe e a minha avó materna. Exemplos de força perante as adversidades da vida.
Fora da família, Yourcenar e Agustina. Não falo dos clássicos e da sua importância, como o Eça de Queiroz. Mas houve muita gente que atravessou a minha vida e cá deixou a sua marca!

Olhando para o mundo quase podíamos dizer que há um retrocesso da Humanidade na área humana e dos afetos, o que acha?
Estou inteiramente de acordo. E tenho pena porque o amor é um motor de vida.

Podemos afirmar que a felicidade é uma escolha?
Do meu ponto de vista, sim. Mas sei que há muita gente que a considera uma dádiva.

Nem tudo é bom neste caminho a que chamamos vida…como se consegue escapar da escuridão que por vezes se atravessa à nossa frente e nos suga?
Não há felicidade sem tristeza, prazer sem dor, luz sem escuridão. Todos temos de usar as ferramentas psicológicas que temos, para lutar e sair do fosso!

Acredita no destino e na efetiva capacidade que cada um de nós tem para o mudar?
Acredito no livre-arbítrio. Não acredito em destinos marcados.

Concorda que o amor é o caminho para suportar a dor e manter a alegria?
O amor, a amizade, a solidariedade, a compaixão também são caminhos.

Lança agora Pensar, Olhar, Viver. O que desde logo deseja transmitir com este título?
Que muito do nosso destino é feito por nós. Precisamos de pensar, de olhar dentro de nós e depois viver!

Nele afirma que a felicidade não é um mero caso. Então como se consegue ser feliz?
Com muito trabalho e imaginação.

Que conselhos daria a quem nos lê para ter uma vida mais plena e alegre?
Não dou conselhos, apenas chamo a atenção das pessoas para aquilo que as poderá fazer felizes. Mas a opção é delas!

Diria que hoje é uma mulher realizada e feliz?
Sou uma mulher realizada que teve na sua vida momentos de imensa felicidade.

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