Um estudo publicado na revista Nature Aging identificou treze proteínas intimamente ligadas ao envelhecimento cerebral em humanos, uma pista que pode mudar radicalmente a nossa compreensão das doenças neurodegenerativas.
A investigação sugere que as alterações nas concentrações destas proteínas podem atingir o pico em idades-chave – 57, 70 e 78 anos – e podem ser alvos importantes para intervenções que atrasem ou previnam o envelhecimento cerebral.
As alterações nestas proteínas estão profundamente ligadas com o envelhecimento biológico do cérebro. Em particular, proteínas como o Brevican (BCAN), essencial para o sistema nervoso central, e o GDF15, estiveram intimamente associadas a doenças como demência, acidente vascular cerebral e problemas de mobilidade.
O mais revelador: os níveis destas proteínas flutuam de forma não linear, com picos críticos às idades de 57, 70 e 78 anos. Esta descoberta sugere que estas idades podem ser momentos decisivos no processo de envelhecimento cerebral, abrindo uma porta a intervenções que poderão mudar o futuro do envelhecimento.
Os investigadores propõem que alterações não lineares nos níveis de proteína podem ser indicativas de transições na saúde do cérebro.
Os autores alertam que, embora o seu estudo se concentre em idosos de origem europeia, é fundamental continuar a investigar como estas proteínas influenciam pessoas de outras idades e etnias. Esta descoberta pode ser a chave para revolucionar a forma como entendemos e combatemos o envelhecimento cerebral.