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Estudo conclui que resíduos mineiros de carvão em autocombustão têm impacte negativo no meio ambiente

Pode saber mais já de seguida

29 Maio 2023
Sandra M. Pinto

Um estudo do Departamento de Ciências da Terra (DCT) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) concluiu que os resíduos mineiros de carvão em autocombustão representam um impacte negativo para o meio ambiente devido à produção de drenagem ácida que, como consequência, pode afetar os solos e os ecossistemas da área envolvente.

A investigação sobre os resíduos mineiros em autocombustão em Portugal, com inicio em 2007, além de incidir sobre a identificação de autocombustão de resíduos mineiros resultantes da exploração de carvão no passado, tem como objetivos identificar e compreender os impactes desse processo no ambiente, particularmente nos solos, nas águas e na atmosfera.

«O impacte mais significativo poderá estar relacionado com as emissões de compostos orgânicos voláteis durante a combustão. Foram detetadas substâncias, nomeadamente hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e outros compostos orgânicos, que são emitidas para a atmosfera e que são prejudiciais para a saúde humana. Esta situação pode ser particularmente preocupante quando as escombreiras em autocombustão se encontram perto de áreas habitadas», revela Joana Ribeiro, professora do DCT e autora do estudo.

De acordo com a investigadora da FCTUC, em Portugal, são conhecidos três casos de escombreiras de resíduos mineiros de carvão cuja ignição começou em 2005 devido a incêndios florestais. Uma dessas escombreiras, em São Pedro da Cova, Gondomar, permanece em autocombustão há quase duas décadas, sendo uma fonte de contaminação para a atmosfera

devido à emissão de compostos orgânicos voláteis que resultam da combustão do carvão, e para o meio envolvente devido à drenagem ácida. Em 2017, outras duas escombreiras entraram em combustão, também devido a incêndios florestais, mas nestes casos a Empresa de Desenvolvimento Mineiro (EDM) implementou um projeto de reabilitação que permitiu a extinção da combustão.

«Há sempre formas de resolver situações como a da escombreira de São Pedro da Cova, no entanto, são dispendiosas e complexas», assegura Joana Ribeiro, acrescentando que existem várias soluções, nomeadamente a que foi aplicada pela EDM que inclui a remobilização do material do local, arrefecimento com água e um agente retardador da temperatura, recolocação e compactação no local. «Essa compactação é fundamental uma vez que faz com o acesso e a circulação do oxigénio no interior da escombreira, que alimenta o processo de combustão, seja limitado», garante.

Segundo a professora do DCT, este é um processo que acontece em todo o mundo e que tem não só impacte ambiental e na saúde, mas também a nível económico, uma vez que pode ocorrer numa mina de carvão e nas camadas de carvão propriamente ditas, alterando e inviabilizando o recurso geológico.

Assim, Joana Ribeiro considera «muito importante fazer uma inventariação das escombreiras de carvão que existem em Portugal, das respetivas características e condições de deposição, assim como da situação em relação ao enquadramento em zonas florestais. Desta forma, o risco de ignição e consequente autocombustão de escombreiras de carvão poderia ser minimizado através da gestão florestal e territorial adequada», conclui.

Para além da participação de investigadores do DCT da FCTUC, a investigação contou também com investigadores da Universidade do Porto.

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