O filme “Alma Viva”, da realizadora luso-francesa Cristèle Alves Meira, é candidato a uma nomeação para os Prémios Gaudí da Académia del Cinema Catalá, na categoria de Melhor Filme Europeu, segundo a lista hoje divulgada em Barcelona, avança a Lusa.
A seleção de “Alma Viva” entre os dez candidatos à nomeação para Melhor Filme Europeu, pela Academia de Cinema da Catalunha, acontece cerca de dois meses depois de a longa-metragem ter também sido escolhida pela Academia de Cinema de Espanha como candidata a uma nomeção para Melhor Filme Ibero-Americano dos Prémios Goya.
As nomeações aos Gaudí serão conhecidas a 12 de dezembro, e a gala dos vencedores realizar-se-á em 04 de fevereiro, no Centro Internacional de Convenções de Barcelona, indicou hoje a academia catalã.
Primeira longa-metragem de Cristèle Alves Meira, produzida pela Midas Filmes, “Alma Viva” é uma ficção que aborda a emigração, o misticismo e a cultura transmontana, e foi integralmente rodada em Junqueira, concelho de Vimioso, onde a realizadora tem raízes maternas.
Em Barcelona, “Alma Viva” está entre obras de realizadores como Marie Kreutzer, da Áustria, Charlotte Wells, do Reino Unido, Hlynur Pálmason, da Islândia, J.A. Bayona, de Espanha, e entre filmes como os premiados “O Triângulo da Tristeza”, de Ruben Östlund, da Suécia, “Eo”, de Jerzy Skolimowski, da Polónia, e “Close”, de Lukas Dhont, da Bélgica.
Para a produtora Midas Filmes, as duas nomeações confirmam “o impacto” que a estreia de “Alma Viva” teve em Espanha, tendo a academia espanhola, em agosto, quando da nomeação aos Goya, destacado que o filme “é um retrato das tradições transmontanas, influenciadas pelas raízes ibéricas que compõem [os portugueses] enquanto povo, movendo-se num equilíbrio fascinante entre realidade e superstição”.
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