Imprensa Nacional anuncia quatro novas coleções de livros e celebra 25 de Abril

A Imprensa Nacional vai publicar quatro novas coleções e prosseguirá a edição das Obras Completas de Mário Soares, no Plano Editorial anunciado hoje, em Lisboa, que dedica atenção aos 50 anos do 25 de Abril.

Para assinalar Abril, a Imprensa Nacional (IN) tem previsto “várias publicações”, das quais destaca “Encontro dos Liberais, 1973: 50 Anos Depois”, do investigador António Araújo, “O Essencial sobre a PIDE”, da historiadora Irene Flunser Pimentel, e “Noticiar a Liberdade”, que reúne testemunhos de jornalistas que fizeram a cobertura do dia em que “a ditadura terminou e Portugal regressou à Democracia”. Estes três títulos já estão disponíveis, segundo a Imprensa Nacional.

Uma das quatro novas coleções intitula-se “Editores Portugueses”, que resulta de conversas de Jorge Reis-Sá, ex-diretor das Quasi Edições, encerradas em 2010, com Zeferino Coelho, da Editorial Caminho, e Guilhermina Gomes, do Círculo de Leitores.

Outra coleção, ‘J’, é dedicada à joalharia portuguesa, e vai abrir com um livro dedicado a Tereza Seabra e outro a Alexandra de Serpa Pimentel; uma terceira coleção, ‘M’, é dedicada às marcas históricas portuguesas, cujo primeiro volume será sobre Marcas de Conservas; finalmente, a quarta coleção, Biblioteca de Dança, iniciar-se-á com “Dançar com o III Reich”, de Laure Gilbert, e “Dança e Poder”, de Maria João Castro.

No âmbito da Obra Completa de Mário Soares (1924-2017), já anunciada no plano editorial de 2019 e que iniciou a sua publicação no último trimestre de 2021, estão previstos três novos títulos.

O projeto é coordenado por José Manuel dos Santos, antigo assessor do ex-Presidente da República, com a colaboração de personalidades próximas do ex-líder socialista.

Este ano sairão “Entrevistas”, “Escritos Políticos” e “Retratos”.

No plano para este ano está previsto dar-se continuidade à publicação da Obra Completa de Teixeira de Queiroz (1849-1919), que usou o pseudónimo literário de Bento Moreno, e da Obra Completa de Maria Ondina Braga (1932-2003), com os romances “Noturno em Macau”, “Angústia em Pequim” e “A Personagem”.

A Imprensa Nacional anunciou também a continuação da publicação de títulos da Biblioteca José-Augusto França, crítico e historiador de arte, autor, entre outras obras, de “Lisboa Pombalina e o Iluminismo” (1962), publicada nesta coleção com um prefácio de Ana Tostões, “O Iluminismo segundo José-Augusto França” e “Natureza Morta”, que aborda o fenómeno da escravidão dos negros, já publicada em 2017.

A coleção Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa apresentará este ano mais autores, como Alexandre Herculano (1810-1877), de quem se publicará “Eurico, o Presbítero”, e Luís de Camões (1524-1580), de quem se assinalam os 500 anos do nascimento, com a sua epopeia “Os Lusíadas”.

Na coleção O Essencial sobre, serão publicados títulos como os dedicados às escritoras Natália Correia e Agustina Bessa-Luís, à bailarina e coreógrafa Olga Roriz, e ao movimento surrealista português.

A coleção Plural Letra Poema, que reúne letras de músicas portuguesas, terá livros de poemas de Mafalda Veiga e de Miguel Araújo.

A série ‘Ph.’, dedicada à fotografia e arte portuguesa, irá ter dois novos títulos, um sobre o fotógrafo Gérard Castello-Lopes (1923-2011) e outro sobre a artista Manuela Marques, radicada em Paris, representada com as suas obras em fotografia e vídeo em várias coleções portuguesas e estrangeiras e em museus como os franceses de Reims, Celier e o de Auriliac.

Na área infantojuvenil, serão publicados novos títulos dedicados a Agustina Bessa-Luís e Luís de Camões, à Patinagem, ao Diário da República, à obra do artista plástico Almada Negreiros (1893-1970) na Gare Marítima de Alcântara, em Lisboa, e à pintora barroca Josefa de Óbidos (1630-1684).

A Imprensa Nacional publicará também novos títulos, no âmbito das parcerias institucionalizadas com a Coleção de Arte Contemporânea do Estado, o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Nacional de Arqueologia, o Palácio Nacional da Ajuda, o Panteão Nacional, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Museu do Design e da Moda, a Biblioteca Nacional e a Empresa de Gestão e Animação Cultural de Lisboa – EGEAC, “com especial atenção às artes, em que se incluem catálogos de exposições”.

Lusa

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