«Uma aplicação para smartphone pode ser utilizada em testes cognitivos para diagnosticar a forma mais comum de demência em pessoas com menos de 60 anos», avança a Euronews.
Os investigadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos EUA, descobriram que os testes realizados remotamente através de um smartphone podem ajudar a detetar a demência frontotemporal em pessoas geneticamente predispostas a esta doença antes do início dos sintomas.
«As perturbações ou demência frontotemporal (DFT) referem-se a várias doenças dos lobos frontal e temporal do cérebro que afetam normalmente pessoas com idades compreendidas entre os 45 e os 64 anos«, é referido.
Os investigadores estabeleceram uma parceria com a empresa de software Datacubed Health para realizar os testes que analisam o funcionamento executivo, como o planeamento ou a organização, e o controlo dos impulsos, uma vez que a parte do cérebro que controla o funcionamento executivo pode atrofiar à medida que a doença progride.
Os dados recolhidos incluíram gravações de voz, bem como testes de marcha, equilíbrio e linguagem.
A aplicação foi testada entre 2019 e 2023 com 360 participantes, 209 mulheres e 151 homens. A idade média dos participantes era de 54 anos.
Muitos estavam geneticamente predispostos a contrair a doença, mas ainda não tinham desenvolvido sintomas.
Os cientistas descobriram que os testes efetuados com o smartphone identificavam com precisão os indivíduos com demência e eram “mais sensíveis aos primeiros sintomas” do que um teste cognitivo clínico comum.
Fonte: Euronews