A TEAM LEWIS Foundation acaba de revelar os resultados de um inquérito global que levou a cabo para apoiar o HeForShe, movimento das Nações Unidas que visa incentivar homens e jovens rapazes a apoiar a igualdade de género e a capacitação das mulheres.
Este inquérito, que procurava compreender os mais recentes desenvolvimentos no que toca à igualdade de género, concluiu que as guerras, a pobreza, as alterações climáticas e as consequências da COVID-19 estão a ter um impacto negativo na defesa desta causa.
Segundo o estudo, os vários acontecimentos mundiais estão a desviar as atenções do investimento nas mulheres e na igualdade de género. Quase metade (47%) dos inquiridos não tinha conhecimento de que a guerra e os conflitos podem resultar em taxas mais elevadas de violência de género contra mulheres e meninas.
Nos últimos 12 meses, a inflação afetou mais as mulheres do que os homens (59% vs. 53%, respetivamente);
Quatro anos após o início da pandemia de COVID-19, esta continua a afetar ambos os géneros. Contudo, 72% dos inquiridos não tinha conhecimento do impacto desproporcionado da pandemia nas mulheres – em 2020, a nível mundial, estas perderam 800 mil milhões de dólares em rendimentos devido à pandemia.
A classificação das questões sociais mais importantes destacou a falta de sensibilização para o impacto da desigualdade de género. De facto, em termos de importância, esta ficou atrás dos cuidados de saúde (43%), das alterações climáticas (29%), da pobreza (26%) e da segurança (25%).
“A causa da igualdade de género perdeu força face à COVID-19, às guerras e aos desafios económicos. Priorizar o investimento nas mulheres é essencial para o sucesso das empresas, dos países e das gerações futuras,” afirmou Inez Odom, Vice President, Professional Development da TEAM LEWIS.
O relatório da TEAM LEWIS Foundation e do HeForShe também descreve em pormenor as áreas em que as mulheres gostariam de receber mais apoio por parte dos homens: igualdade de remuneração (47%); políticas favoráveis à família (40%); assumir responsabilidades de tarefas domésticas (25%) e também de cuidar das crianças (24%). Para além disso, os inquiridos também querem ver os seus governos a investir nas mulheres.
“O investimento financeiro nas mulheres continua a ser perigosamente baixo. São necessários mais de 360 mil milhões de dólares por ano para alcançar o Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 5 sobre a igualdade de género e a capacitação das mulheres. A concretização dos direitos das mulheres não é apenas um imperativo moral, mas também um investimento económico inteligente,” afirmou Vesna Jaric, Head do HeForShe.