Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud, é a grande vencedora do Prémio Universidade de Coimbra 2023. O prémio, que conta com o apoio da Fundação Santander Portugal, é entregue oficialmente a 1 de março, durante a sessão comemorativa do 733.º aniversário da Universidade de Coimbra. Leonor Beleza sucede, assim, a António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, que ganhou o Prémio no ano passado.
O Prémio Universidade de Coimbra, criado em 2004, tem o valor de 25 mil euros – 10 mil euros para o vencedor e 15 mil euros para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Santander para apoiar o desenvolvimento de um trabalho numa área a definir pelo premiado. É atribuído anualmente a uma personalidade de nacionalidade portuguesa de inequívoco valor percebido na sua área profissional – das áreas da cultura, da economia e da gestão e/ou ciência e inovação, que se tenha distinguido no ano transato no apoio incondicional ao desenvolvimento das pessoas, das famílias, das empresas e das comunidades, promovendo um crescimento inclusivo e sustentável da sociedade.
Leonor Beleza foi escolhida pelo júri do prémio, que conta com a presidência do Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão – e a vice-presidência da presidente da Fundação Santander Portugal, Inês Oom de Sousa. A premiada é conhecida pelo seu contributo nas áreas da saúde, mas também na responsabilidade social, educação, cultura, ciência e inovação, cobrindo assim praticamente todas as principais áreas previstas no Prémio.
Nascida no Porto a 23 de novembro de 1948, Leonor Beleza é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde foi Professora Assistente, tendo exercido o cargo de Presidente do Conselho Geral da Universidade de Lisboa entre 2013 e 2021. Foi secretária de Estado da Presidência do Conselho de Ministros (1982-1983), depois da Segurança Social (1983-1985) e ministra da Saúde (1985-1990).
Eleita deputada no Parlamento em diversas ocasiões, foi Vice-Presidente da Assembleia da República entre 1991-1994 e 2002-2005 – e é atualmente membro do Conselho de Estado. É presidente da Fundação Champalimaud desde a sua criação, em 2004, por desígnio do seu fundador, António de Sommer Champalimaud. Entre outras funções, é presidente da EPIS – Empresários pela Inclusão Social.