Por outro lado, a utilização de aplicações móveis na área da saúde e do bem-estar parece estar longe de ser de frequente utilização.
Os dados constam de um estudo realizado pela GFK apresentado num evento do MUDA, da Roche e da Deloitte.
Do inquérito feito pela GFK, a primeira conclusão aponta para uma elevadíssima percentagem de utilizadores diários da Internet (92%), o que pode ser explicado pelo facto de o inquérito, embora à escala nacional, ter sido limitado às pessoas entre os 35 e os 64 anos. Aliás, no grupo 55-64, anos a percentagem de utilizadores já é bem menor, de 79%.
No que diz respeito à utilização de aplicações ou serviços na área da Saúde, através da Internet, o valor é igualmente elevado, com cerca de dois terços dos inquiridos que afirma utilizar habitualmente.
As receitas eletrónicas obtêm o valor mais elevado, seguido do site ou portal do SNS.
Quando confrontados com aplicações móveis específicas, mais de 80% dos inquiridos não as utilizaram ou não se lembram de quais utilizaram.
O estudo procurou perceber ainda a relação dos doentes crónicos com a utilização de aplicações. Quase 94% dos inquiridos com doenças crónicas dizem nunca utilizar um serviço específico para monitorizar a sua doença.
Num outro estudo, desenvolvido pela Deloitte, conclui-se que mais de 55% dos gestores em Portugal afirmam acreditar que os principais desafios para a transformação digital na área da saúde serão ultrapassados em menos de cinco anos. Para os gestores portugueses, a Interoperabilidade de dados, o Registo Eletrónico, a inteligência artificial, a monitorização remota de pacientes e a telemedicina são as tecnologias consideradas prioritárias.