Mas o mercado de LED doméstico está à beira de se tornar uma indústria de massa. Máscaras e outros aparelhos estão a ser vendidos no Reino Unido aos mais variados custos.
A tecnologia emprega a potência dos diodos emissores de luz (LEDs, na sigla em inglês), que estimulam as células da pele quando expostas repetidamente.
Os fabricantes afirmam que as máscaras de LED domésticas podem ser usadas para tratar cicatrizes da acne, lesões causadas pelo Sol e linhas finas da pele. Mas os exames confirmam estas promessas?
O dermatologista clínico Jonathan Kentley explica que a tecnologia de LED trabalha fazendo a pele absorver a energia da luz, que aciona mudanças celulares num processo conhecido como fotobiomodulação (PBM, na sigla em inglês).
“Isso permite a formação de novos vasos sanguíneos e células da pele, além do aumento de colágeno e elastina”, refere. “A PBM também é usada para tratar acne, pois apresenta efeitos anti-inflamatórios e reduz a quantidade de óleo na pele.”
Um estudo detalhado sobre a PBM concluiu recentemente que é preciso realizar mais testes clínicos para podermos compreender totalmente como funciona.
A agência espacial americana (Nasa) começou a estudar o efeito dos LEDs nos anos 1990, para descobrir se podem ser úteis na regeneração celular.
Por isso, os dermatologistas utilizam aparelhos médicos “há muitos anos”, segundo Kentley. Mas as máscaras domésticas estão à venda há cerca de cinco anos e custam uma fração dos aparelhos médicos.
As principais diferenças entre os aparelhos médicos e os domésticos são a potência dos LEDs, o número de lâmpadas em cada aparelho e a sua distância da superfície da pele durante o uso.
Jonathan Kentley destaca que “a PBM é basicamente considerada segura, mesmo em altos níveis”.
Por isso, o uso de qualquer forma de tecnologia de LED provavelmente não irá “causar danos para as células”, mas são necessárias mais pesquisas sobre o funcionamento exato da PBM para entender o que pode fazer.
“Surgiram muitos estudos clínicos e experimentais sobre o uso de PBM para diversas condições dermatológicas, mas houve variações dos parâmetros do aparelho e dos protocolos de tratamento”, segundo ele.
“Muitos desses estudos foram pequenos e não padronizados, frequentemente pagos pelos fabricantes. Por isso, é difícil traçar conclusões concretas.”
Ele aconselha qualquer pessoa disposta a comprar esse aparelho que procure uma marca com certificação de segurança da União Europeia e alta densidade de lâmpadas de LED, para garantir o fornecimento de energia suficiente para a pele.