Um medicamento para tratar a próstata que parece retardar ou interromper a progressão da doença de Parkinson – algo que, actualmente, não é possível – está a entusiasmar a comunidade científica. A descoberta foi publicada no “Journal of Clinical Investigation”.
A terazosina é apontada como a substância capaz de aliviar a hiperplasia prostática benigna, relaxando os músculos da bexiga e da próstata, escreve a “BBC”. Como? Os investigadores da Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, e do Instituto de Distúrbios Cerebrais de Pequim, na China, explicam que o medicamento activa a enzima PGK1, prevenindo a degeneração das células cerebrais, causadas pelo doença.
Mas vamos a factos. Para chegar a esta conclusão, a equipa de cientistas concluiu com sucesso os primeiros ensaios clínicos em animais diagnosticados com Parkinson, o que facilitou o arranque dos testes em humanos. A análise envolveu 2800 pessoas dos Estados Unidos.
«Todos mostram sinais promissores que precisam de ser investigados mais a fundo», refere David Dexter, da Parkison’s UK. E tudo indica que não estejamos perante uma coincidência. Para o especialista, estes resultados «comprovam que a terazosina poderá ter um potencial oculto para abrandar a progressão da doença de Parksinson, algo desesperadamente necessário para melhorar a qualidade de vida destes pacientes».