Oriundo de uma tradicional família fazendeira sulista, Carter serviu como oficial da Marinha dos Estados Unidos e depois ingressou na política, cumprindo dois mandatos como senador do estado da Geórgia e um como governador (1971-1975) antes de se candidatar à presidência em 1976.
A sua presidência foi marcada por estagnação económica mica e inflação. No âmbito interno, ele perdoou todos os desertores da Guerra do Vietname . Criou ainda dois novos gabinetes no governo, o Departamento de Energia e o Departamento de Educação. Estabeleceu uma nova política nacional de energia que incluía conservação, controle de preços e investimento em novas tecnologias. Em questões externas, Carter assinou os Acordos de Camp David, os Tratados Torrijos-Carter, a segunda rodada das Conversações sobre Limites para Armas Estratégicas (SALT II) e o retorno da Zona do Canal do Panamá ao controle das autoridades panamenhas. Ele tentou, sem muito sucesso, combater a “estagflação”, o alto desemprego e o crescimento fraco do PIB. Contudo, os dois anos finais do seu governo foram marcados pela Crise dos reféns no Irã, a crise energética de 1979, o acidente de Three Mile Island e o desenrolar dos eventos iniciais da invasão soviética do Afeganistão. Em resposta à invasão dos soviéticos ao Afeganistão, Carter acabou com a détente, intensificou a Guerra Fria e liderou um boicote aos Jogos Olímpicos de 1980 em Moscou. Em 1980, ele enfrentou um desafio à sua nomeação pelo Partido Democrata por Ted Kennedy, mas se manteve como o candidato da legenda para tentar a reeleição. Carter acabou perdendo a eleição presidencial para o republicano Ronald Reagan. Pesquisas de historiadores e cientistas políticos consideram Carter como um presidente “fraco”. As atividades de Carter desde que deixou a Casa Branca foram vistas de forma mais favorável do que a sua própria presidência.