No primeiro surto, que ocorreu entre 03 de maio de 2022 e 27 de março de 2023, foram confirmados 956 casos, incluindo dois óbitos em doentes imunocomprometidos, e no segundo, que decorreu entre 01 de junho de 2023 e 31 de março de 2024, foram notificados 241 casos.
Relativamente ao terceiro surto, entre 01 de junho e 31 de outubro, foram notificados no Sistema de Informação Nacional de Vigilância Epidemiológica 11 casos (um novo caso em outubro), todos homens, com idades entre os 21 e os 50 anos, sendo a mediana 34 anos.
Dos casos confirmados com informação disponível, sete foram notificados na região Norte, três em Lisboa e Vale do Tejo e um no Algarve.
Segundo a DGS, “10 casos são homens que tiveram sexo com homens, quatro estavam vacinados e quatro são pessoas que vivem com VIH”.
Considerando os 21 dias anteriores ao início dos sintomas, um caso indicou a frequência de saunas, seis tiveram contactos sexuais com múltiplos parceiros, dois participaram em atividades de sexo em grupo e/ou anónimo e outros dois referiram viagem ao estrangeiro.
A autoridade de saúde indica que foram vacinadas, entre 16 de junho de 2022 e 31 de outubro, 10.880 pessoas, acrescentando que, das 19.158 inoculações, 17.810 (93%) ocorreram em contexto de pré-exposição.
Portugal foi o segundo país a reportar casos de um surto que veio a ser mundial e que motivou, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a declaração de Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional (PHEIC, sigla em inglês) entre 23 de julho de 2022 e 11 de maio de 2023.
A 14 de agosto de 2024, o surto de mpox na República Democrática do Congo, com número crescente de casos e óbitos e o surgimento da nova ‘subclade’ (Ib) e a sua rápida disseminação na RDC e em países vizinhos, motivou nova declaração de PHEIC pela OMS, para garantir uma resposta internacional coordenada na redução das cadeiras de transmissão e enfoque na vacinação.
No âmbito da atual declaração da OMS de PHEIC, a DGS alerta para a importância da deteção precoce de casos, do diagnóstico laboratorial, inquérito epidemiológico, gestão de caso, rastreio de contactos, vacinação e articulação com parceiros da sociedade civil e internacionais, visando a redução de cadeias de transmissão e promovendo as formas mais expeditas de prevenção e controlo da infeção.
A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022.
Segundo a DGS, não foram identificadas, até à data, amostras de casos do ‘clade I’ ou ‘subclade Ib’.
A 31 de outubro de 2024, a Organização Mundial da Saúde atualizou a informação mensal sobre mpox a nível mundial, adiantando que, entre 1 de janeiro de 2022 e 30 de setembro de 2024, foram reportados 109.699 casos confirmados, incluindo 236 óbitos, em 123 países.
O mpox transmite-se sobretudo pelo contacto próximo com pessoas infetadas, incluindo por via sexual.
HN // FPA
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